A dor e a emoção tomaram conta de parentes e familiares que foram prestar o último adeus a Jairo Brandão dos Santos. O jovem, morreu de forma trágica, baleado por um desconhecido no sábado (24), no bairro de Castelo Branco, em Salvador.
A cerimônia foi realizada no Cemitério Quinta dos Lázaros, que fica na Baixa de Quintas. O jovem trabalhava na barraca da família, vendendo acarajé e ao final do expediente teria ido até a praça para distribuir os bolinhos quando o crime aconteceu.
Em entrevista à TV Bahia, o irmão da vítima, Jefferson Brandão, contou que, depois de fechar o estabelecimento, por volta das 23h, Jairo se preparava para entregar alguns acarajés que não foram vendidos para pessoas em situação de rua, mas foi surpreendido por um motoqueiro armado.
“Quando ele foi entregar os acarajés, o motoqueiro chegou. O rapaz começou a atirar indiscriminadamente e meu irmão tomou um tiro na cabeça”, disse.
Muito abalado com o que aconteceu, o irmão do jovem disse que o executor ainda teria retornado após o crime e disparado mais duas vezes contra o vendedor.
Os tiros teriam atingido também outra pessoa idosa e um homem que estavam no ponto de ônibus.
Vendedor de acarajé foi atingido à queima roupa
Jairo foi atingido no tórax e no abdômen. O jovem estava de uniforme e carregava um saco com a doações quando foi baleado. Em nota, a PM informou que Jairo chegou a ser socorrido por pessoas que estavam no local para o Hospital Eládio Lasserre, que fica em Cajazeiras 2, mas ele não resistiu.
O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios (DH/central) e não há indícios de autoria ou motivação.
Jairo trabalhava desde a infância
A história de Jairo se confunde com a de muitos brasileiros. O irmão dele contou que desde cedo o jovem trabalhava com a família. O trabalho com o acarajé começou com o pai, que já faleceu, e Jairo trabalhava desde os 13 anos para ajudar a família.
“Estamos pedindo por Justiça. Meu irmão é um homem trabalhador, todo mundo conhece meu irmão. Quantas vezes vi meu irmão cavar buraco para colocar comida dentro de casa, quantas vezes ele já me ajudou a ir catar o camarão e uma coisa dessa acontece com meu irmão”, contou Jefferson Brandão.