O jovem Kauan Galdino Florêncio Pereira, de 18 anos, que foi baleado por um traficante após pisar no pé dele em uma festa no Rio de Janeiro, teve a morte cerebral atestada pela equipe médica do hospital onde estava internado. A família da vítima, após saber da notícia, decidiu doar os órgãos para transplante.
O processo ocorreu no último sábado (4), no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Fígado e rins de Kauan foram retirados e entregues ao sistema de captação, para que pacientes que aguarda na fila possam finalmente receber os órgãos.
Conforme a lei brasileira define, os transplantados não serão informados sobre a identidade do doador. A decisão dos familiares do jovem repercutiu nas redes sociais, como uma mensagem de amor ao próximo mesmo em meio ao sofrimento e dor pós-morte brutal e criminosa.
Não há informações sobre o velório e enterro da vítima.
Entenda o caso
Kauan Galdino foi ferido na cabeça durante um baile funk, em Queimados, na Baixada Fluminense, na madrugada do dia 1º. O jovem acabou pisando no pé de um traficante, sem querer, e logo pediu desculpas, mas isso não foi suficiente para o criminoso e ele acabou sendo alvejado.
Logo socorrido para o hospital, a morte cerebral foi confirmada no dia seguinte (2), após análises no quadro neurológico, alegando que não havia função ativa nos exames. Para familiares, Kauan era um garoto sonhador, que buscava ser jogador de futebol e estava prestes a entrar no Exército, onde serviria na Brigada de Infantaria Paraquedista.
O caso foi registrado na 55ª Delegacia de Queimados, onde policiais buscam pelo paradeiro de ‘Homem de Ferro’, criminoso apontado como autor do homicídio. Na internet circula que o traficante teria sido morto após o caso, por membros de uma facção, porém as autoridades alegam que a informação é falsa e que ele estaria vivo.