Foi autorizado pelo juiz Gabriel Zago Capanema Vianna de Paiva (novo responsável pelo plantão da 10ª Vara Federal de Brasília), que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha acesso a mensagens da operação batizada de ‘Spoofing’, responsável em apurar a invasão de celulares de autoridades por hackers.

A medida já havia sido determinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 28 de dezembro de 2020. Na sequência, a defesa do petista solicitou que o conteúdo fosse entregue, porém, o responsável anterior pela 10ª Vara Federal, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, negou a requisição. À época, ele argumentou que esse tipo de pedido não poderia ser apreciado durante o recesso judiciário.

Diante desse cenário, a defesa de Lula voltou a acionar o STF, e Lewandowski oficiou novamente a primeira instância da Justiça Federal para assegurar que sua decisão é expressa, devendo ser cumprida de imediato.

Na terça-feira (5), o juiz Gabriel Zago Capanema Vianna de Paiva oficiou a Divisão de Contrainteligência da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal (PF) para que entregue o conteúdo pedido pelos advogados do ex-presidente, nos termos da decisão do ministro do Supremo.

A defesa de Lula deseja ter acesso ao conteúdo das mensagens sob o argumento de que nelas existem diferentes menções aos processos contra o petista, utilizados na Operação Lava Jato, conforme uma série de reportagens sivulgadas da imprensa.

Segundo as publicações, há conversas, por exemplo, que apontam trocas de informações entre o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, e o ex-juiz Sergio Moro, antigo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela operação.

0 0 votos
Article Rating