O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) adiou para 22 de agosto o júri popular do caso da fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, de 39 anos, que se fingiu de morta após receber 68 golpes de faca a mando do então namorado Fábio Barbosa Vieira. Audiência é a última fase do processo no qual os réus serão submetidos ao julgamento.
A informação é do portal G1. O crime ocorreu em 2019.

A mulher perdeu a visão de um dos olhos após o ataque. De acordo com a Isabela, Fábio foi pegá-la no trabalho com dois homens no carro e disse que eram amigos dele.

Quando o veículo passava pela Avenida Bonocô, uma das principais vias da capital baiana, os homens começaram a bater e esfaquear Isabela. Em entrevista à TV Bahia à época, a vítima relembrou o episódio.

“Recebi um mata-leão dentro do carro mesmo. Eu perguntei: ‘Fábio, o que está acontecendo?’ Achei que os dois homens que estavam atrás tinham se revoltado e queriam me assaltar. Quando consegui folgar um pouco o braço [do homem], olhei para o lado e vi aquele homem frio, Fábio, dirigindo o carro tranquilamente. Eu falei: ‘Fábio, me ajude’. E ele disse: ‘Você vai morrer'”, relatou.

Isabela relatou que precisou se fingir de morta para sobreviver. Convencidos de que a fisioterapeuta estava morta, os homens a jogaram em uma área de mata da BR-324, no trecho do município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador. Ela foi socorrida por pessoas que passavam pelo local e levada para o Hospital do Subúrbio, na capital baiana.

No mesmo dia do crime, Fábio foi preso e conduzido para Central de Flagrantes, onde foi autuado por tentativa de feminicídio e sequestro. Já em 14 de março do mesmo ano, Alex Pereira dos Santos e Adriano Santos de Jesus foram presos suspeitos de esfaquearem a fisioterapeuta.

Segundo o advogado da vítima, Adriano Santos de Jesus foi liberado pela polícia ainda em 2019, já que foi apurado que ele não havia participado da tentativa de feminicídio. Com isso, Levy e Isabela aguardam a identificação e prisão do terceiro envolvido no crime.

“Agora cabe à Polícia Civil seguir nas investigações apontar o terceiro elemento”, disse o advogado.

 

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