Figura quase que decorativa em 2002 e à margem dos supercraques Ronaldo e Ronaldinho quatro anos depois, Kaká finalmente chegará em uma Copa do Mundo como o principal jogador da seleção brasileira.
Expoente de uma geração que preza pela ausência de medalhões, o meia do Real Madrid tem a missão de “resolver os problemas” na África do Sul e não foge da responsabilidade.
Com a camisa 10 nas costas, Kaká promete mostrar mais uma vez que a amarelinha não lhe pesa.
Tamanha confiança é fruto da regularidade apresentada em oito anos no futebol europeu e longevidade na seleção.
– Tenho muito mais responsabilidade agora.
Mas isso não é uma coisa negativa, pelo contrário.
Conquistei essa posição.
Desde 2002 defendo o Brasil e ser um dos principais jogadores desse time atual para mim é uma motivação.
Estou muito mais maduro e experiente.
Se psicologicamente Kaká dá mostras de que está pronto para comandar o time de Dunga, resta dúvidas quanto sua forma física.
Recuperado de uma lesão no púbis que o afastou de boa parte da temporada espanhola, o jogador promete chegar em ponto de bala para a estréia do Brasil, dia 14, contra a Coréia do Norte, em Joanesburgo.
– Espero chegar bem na Copa.
Faltam 30 dias para a estréia e até lá tem muita coisa para fazer.
Vou me preparar muito.
Foi uma temporada difícil, tive problemas físicos, mas estão resolvidos – disse.
Neste domingo, Kaká fará o último jogo da temporada pelo Real Madrid, contra o Málaga, fora de casa.
Ao todo, o brasileiro já entrou em campo 33 vezes no primeiro ano no clube merengue.