A passagem da pipoca de Igor Kannário nesta segunda-feira (12), no Circuito Osmar (Campo Grande) rendeu momentos polêmicos, como sempre. Dessa vez, um dos pontos principais foi o ‘desabafo’ do cantor em relação ao seu descontentamento e desvalorização do trabalho.
Na ocasião, o ‘Príncipe do Gheto’, como é chamado pelos fãs, afirmou que seria a sua última apresentação de Carnaval em Salvador, pois para sair na avenida precisa pagar. Ele pontuou que custeou integralmente o valor do trio elétrico e, ainda assim, foi obrigado a colocar a marca da prefeitura de Salvador no veículo.
No discurso, o cantor de pagodão acabou xingando a gestão Bruno Reis (União Brasil), o que surpreendeu muita gente:
“Sustentei durante 10 anos, mas eu cansei e não vou mais tocar no Carnaval do ano que vem. Não vou mais tocar em Salvador, porque eu cansei de estar me humilhando pra tocar no Carnaval de Salvador. Tive que pagar o meu próprio trio, com meu próprio dinheiro e ainda tenho que aceitar placa de prefeitura no meu trio? A prefeitura minha p*ca, rapaz!”, falou Igor, exaltado.
Veja a fala na íntegra:
Kannário: "Prefeitura é minha pica, rapaz"#CarnavalSalvador pic.twitter.com/vLJtA7636V
— Haftas Arden (@HaftasArden) February 12, 2024
Horas antes, durante o percurso, Kannário já tinha ressaltado que não era amigo de Bruno e nem do governador Jerônimo Rodrigues (PT), e que só devia gratidão ao ex-prefeito da capital, ACM Neto. Aliás, disse que os dois políticos não o suporta.
“O único cara aqui que eu devo é ACM Neto, que deixou nossa pipoca sair em 2015. É o único que nós deve (SIC) o favor. […] Mas eu quero que vocês coloquem uma coisa na cabeça de vocês: não sou amigo de Bruno Reis, não sou amigo de secretário, não sou amigo de governador. Todos eles querem me f*der. Todos eles só me aceitam e me engolem porque vocês me amam abaixo de Deus, família“, alfinetou.
Durante a passagem do bloco, Igor Kannário teve outros momentos de tensão, como as tradicionais críticas à truculência da Polícia Militar contra seus milhares de foliões, e reclamação do atraso da saída do trio, por conta do deslocamento de outros artistas que estavam no circuito.