Durante todo o fim de semana, a cidade de Lauro de Freitas, esteve comemorando com festa os seus 55 anos de Emancipação política.

Para isso, shows, cortejo cívico, apresentações culturais e celebrações religiosas estão na grade de programação. A comemoração começou no sábado (29), e os festejos seguem até esta segunda (31), dia da Emancipação Política da cidade. A programação será encerrada com missa solene na secular igreja matriz de Santo Amaro de Ipitanga, às 8h, seguida do parabéns para a cidade, na praça ao lado da igreja, com direito a bolo e velinhas.

A dona de casa Maria Gonçalves, de 72 anos, moradora do bairro de Itinga, há 45, esteve presente em todos os dias da comemoração a comentou a importância do evento.

“Eu era bem pequena quando meus pais vieram morar aqui. Acho importante e bonito participar do evento, tem que se fazer uma festa linda mesmo, a gente merece o melhor. Amo minha cidade, o que me entristece são essas gestões que esquecem do povo, ainda tenho esperança na melhora!”, disse a moradora.

História

Por volta do ano 1000, a região atualmente ocupada pelo município foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia, os quais expulsaram os seus antigos habitantes, os tapuias, para o interior. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pelo povo tupi dos tupinambás. Em 1552, Garcia d’Ávila recebeu, de Tomé de Sousa, lotes de terra no litoral baiano. Ali, foi instalada, com apoio da família d’Ávila, proprietária da Casa da Torre, uma missão jesuíta, a qual deu origem, em 1758, à freguesia de Santo Amaro de Ipitanga.

A região era habitada por indígenas no Morro dos Pirambás. Por situar-se numa zona próxima ao mar, o que favorecia o escoamento da produção agrícola, vieram os engenhos de açúcar e, com eles, os escravos africanos, que influenciaram fortemente a cultura local. Ainda hoje, se podem encontrar descendentes de famílias escravas, guardiãs dos costumes africanos e praticantes do candomblé.

Originalmente, Lauro de Freitas pertencia a Salvador, até que, em 1880, passou a ser distrito de Montenegro, atual Camaçari. Em 1932, retornou a Salvador, até que, em 31 de julho de 1962, foi transformado em município. Onze anos depois, passou a integrar a Região Metropolitana de Salvador.

0 0 votos
Article Rating