É verão e o calor pede praia. Mas é preciso alguns cuidados para que a estação não se transforme em uma dor de cabeça, literalmente.
A praia de Buraquinho, localizada em Lauro de Freitas, município da Região Metropolitana de Salvador, bem conhecida e disputada pela beleza, está imprópria para banho neste fim de semana. A informação é do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
Mas quem quiser ir neste período pode optar pelas praias de Vilas do Atlântico e Ipitanga, que estão adequadas.
Uma praia é considerada própria quando apresenta, em 80% das amostras, menos de 1.000 coliformes fecais ou menos de 800 Escherichia coli, ou ainda menos de 25 enterococos por 100 mL de água.
Quando as amostras não são satisfatórias existem muitos riscos de se adquirirem doenças. Cursos de água contaminados por esgotos domésticos, ao atingirem as águas das praias, podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários.
Estes micro-organismos são responsáveis pela transmissão, aos banhistas, de doenças de veiculação hídrica tais como: gastroenterite, hepatite A, cólera, febre tifoide, entre outras. Do ponto de vista de saúde pública, é importante considerar não apenas a possibilidade da transmissão dessas doenças, mas também, a presença de organismos patogênicos oportunistas, responsáveis por dermatoses e outras doenças, como conjuntivite, otite e doenças das vias respiratórias.
A doença mais comum associada à água poluída por esgotos é a gastroenterite.
Essa doença ocorre numa grande variedade de formas e pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas: enjôo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre. Outras manifestações menos graves incluem infecções dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.
Por Rafaela Pio.