O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Paulo Ferreira e mais 13 acusados viraram réus em processo que apura irregularidades nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na terça-feira (9) e aceita pelo juiz Sérgio Moro na sexta-feira (12).
Segundo informações do G1, as obras foram o foco da 31ª fase da Operação Lava Jato, desencadeada em julho deste ano. De acordo com o MPF, o Consórcio Novo Cenpes pagou R$ 20 milhões em propina para conseguir o contrato para execução das obras do Centro de Pesquisa de Petrobras. A irregularidade ocorreu entre 2007 e 2012. A força-tarefa afirma que o dinheiro foi repassado para funcionários do alto escalão da Petrobras e representantes do PT.

Os réus vão responder por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.

Réus
Adir Assad – empresário e doleiro
Agenor Franklin Magalhães Medeiros – OAS
Alexandre Correa de Oliveira Romano – ex-vereador do Partido dos Trabalhadores (PT)
Edison Freire Coutinho – Grupo Schahin
Erasto Messias da Silva Júnior – Construtora Ferreira Guedes
Genésio Schiavinato Júnior – Construbase
José Aldemário Pinheiro Filho – (Léo Pinheiro) – ex-presidente da OAS
José Antônio Marsílio Schwarz – Grupo Schahin
Paulo Adalberto Alves Ferreira – ex-tesoureiro do PT
Renato de Souza Duque – ex-diretor de Serviços da Petrobras
Ricardo Backheuser Pernambuco – Carioca Engenharia
Rodrigo Morales – operador
Roberto Ribeiro Capobianco – Construcap
Roberto Trombeta – contador

A denúncia apresentava 15 nomes. Porém, o nome de Ricardo Pernambuco Backheuser Júnior foi retirado devido a um acordo de colaboração com a força-tarefa.
O ex-tesoureiro do PT é réu em outro processo na Justiça Federal de São Paulo, pela Operação Custo Brasil, que é um desdobramento da Operação Lava Jato.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele participou de irregularidades em empréstimos consignados a funcionários e para pagamento de propina para agentes públicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A fraude teria ocorrido em contratos de prestação de serviços de informática entre os anos de 2010 e 2015.

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