O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), adotou um discurso contrário ao do presidente da Casa e seu correligionário, Henrique Eduardo Alves (RN), e defendeu que não há o que fazer para forçar a saída do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) do comando da Comissão de Direitos Humanos.

Há mais de 20 dias, Feliciano é alvo de protestos que o acusam de racismo e homofobia. Ele nega as acusações e diz que não deixará o cargo. Alves fez apelos para a renúncia de Feliciano, disse que a situação dele era insustentável e marcou uma reunião com os líderes da Casa para terça-feira. A ideia é pressionar pela saída.

Um dos líderes da bancada evangélica, Cunha afirma que a discussão agora tem que ser sobre o trabalho de Feliciano na comissão. Todo parlamentar está apto a presidir uma comissão, afirmou. Para o presidente da Câmara, a Casa não pode enfrentar essa sequência de protestos cada vez mais radicais.

O líder do PMDB concorda que os protestos estão mais tensos, mas para ele o tempo acaba resolvendo e é preciso deixar o deputado mostrar seu trabalho. Os protestos estão virando desrespeito. Protestam contra a permanência dele, mas nem deixam que ele se manifeste, completou. Fonte: Correio