O Superintendente de Trânsito e Transporte de Camaçari (STT), Coronel Alfredo Castro, avaliou o cenário do transporte público em Camaçari durante uma entrevista na tarde desta sexta-feira (15), ao programa Bahia no Ar. A pauta  é queixa antiga entre os moradores da cidade.

Castro concordou com as cobranças constantes da população pela licitação do novo transporte público coletivo para cidade, mas explicou que há uma série de parâmetros para que isso aconteça, incluindo a atração das empresas para o município, considerando a alta demanda que os ligeirinhos atendem.  

Reconhecendo que o transporte de passageiros irregular, os ligeirinhos, supre uma demanda da população que depende do transporte público ou alternativo, Coronel Castro disse que especialmente na sede da cidade, os ônibus deixaram de ser uma opção pelas diversas queixas e isso também implica em atrair empresas novas para Camaçari.

Castro reafirmou que entende as cobranças e queixas de quem precisa diariamente do ‘buzu’, mas “tem que ter responsabilidade com a administração pública. O modelo de transporte daqui é diferente de outras cidades. Temos o sistema irregular, os ligeirinhos que dificulta a atração das pessoas participarem da licitação, os empresários perdem o desejo. Mas, tudo vai ser projetado”, esclareceu Coronel Castro.

“Tivemos a preocupação no início da gestão (do prefeito Elinaldo Araújo) de licitar o transporte, quantidades de usuários, horários de linhas, e vários requisitos no estudo”, disse o entrevistado, mas com a pandemia a quantidade de passageiros diminuiu, o que também pode ser empecilho para novas organizações.

O superintendente também reforçou que não culpa os ligeirinhos e que “talvez sejam por ações da própria empresa”. Além disso, Alfredo Castro afirmou que a maior dificuldade das cooperativas são os ligeirinhos porque eles ‘têm raio lucrativo até 7 km, que não compete com a orla, mas com a sede sim’. E para ele, a “Cooastac vem se deteriorando ao longo dos anos”

Sobre a licitação dos ônibus o superintendente disse que “nós fizemos um procedimento com o objetivo de levar adiante, mas nos surpreendemos com a pandemia que dificultou o normal que estávamos vivendo e não tínhamos como ter audiências públicas. Fizemos um trabalho estatístico e técnico, que hoje se encontra em um comitê que foi uma lei municipal que faz as concessões e parcerias públicas e privadas passarem por esse comitê”.

Atualmente, Camaçari conta com a Cooastac que faz as linhas da Sede e a Cooperunião e atende as regiões da Costa. A Viação Cidade Industrial (VCI) pediu para sair da cidade por falta de condições favoráveis, segundo Coronel Castro.

Veja a entrevista na íntegra aqui.

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