Mesmo ficando cada vez mais claro que o bloco de oposição só sairá unida na busca pela Prefeitura se acontecer um milagre, os integrantes do grupo ainda tentam despistar. O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, negou que a orientação para que os diretórios do partido priorizem candidaturas próprias indique o fim da busca pela união. “Não mudou nada. Se uma candidatura própria não for viável, vamos fazer a composição com a oposição”, garantiu. A mesma linha foi adotada pelo presidente do DEM na Bahia, José Carlos Aleluia. “Não atrapalha, é o critério que todos vão priorizar. Nós também recomendamos”, disse.
Em relação a Salvador, Lúcio voltou a afirmar que a decisão será tomada no começo de março. “Precisamente a meia-noite e um do dia 8 de março, você pode me ligar que te digo a posição do PMDB”, prometeu ao Política Hoje. No entanto, ele lembrou que também já adotou o discurso de que está “mais difícil” e se esquivou quando perguntado sobre o que falta para afirmar que a união não será possível. “Esgotar todas as chances”, justificou. A intenção do PMDB com a orientação é evitar que políticos do partido sejam arrebatados por petistas e se tornem, por exemplo, candidatos a vice.
Os nomes dos pré-candidatos do PMDB em Salvador ainda são os mesmos: Mário Kertész, Geddel Vieira Lima e Marcelo Guimarães Filho, sendo que o radialista é o preferido. A possibilidade de lançar o secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Ministério do Turismo, Fábio Mota, foi rechaçada por Lúcio. “É bom para Salvador, mas muito ruim para à Bahia, por causa dos recursos do governo federal. A Feira de São Joaquim e outras obras é tudo dinheiro do governo federal, via ministério”, disse.
Política Hoje