Em encontro com parlamentares e líderes comunitários no Rio de Janeiro, no último sábado (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou Jair Bolsonaro (sem partido) de estar corrompendo ideologicamente os militares e apontou que o atual governo federal usa de práticas antidemocráticas.

 “Bolsonaro está corrompendo ideologicamente os militares, enchendo de militares dentro do Palácio, coisa que não precisa”, disse, opinando que a intenção do presidente da República é criar um Estado militarizado. Esta também foi a explicação encontrada por ele para a ampliação do acesso às armas durante a gestão. “Ele quer criar um aparato próprio. Ele não quer um partido político onde possa debater democraticamente. Ele fomenta diariamente os milicianos dele. É triste para o Brasil, é perigoso para o país”, declarou.

Lula ainda se mostrou descontente diante da impunidade do general Eduardo Pazuello, que participou de ato político em defesa de Bolsonaro, mas não foi repreendido pelo Exército, mesmo que o regulamento disciplinar proíba este tipo de conduta. Para o petista, o presidente desautorizou as Forças Armadas ao interceder em favor do ex-ministro da Saúde, classificando a interferência como uma afronta grave.

Na ocasião, ele relatou enfrentar dificuldades para discursar utilizando máscara de proteção, mas que manteria o acessório para se diferenciar do “genocida”, modo como se referiu ao rival político.

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