O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou aos seus advogados ter tomado conhecimento somente na segunda, 10, sobre o vazamento das conversas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato com o ex-juiz Sergio Moro.

Segundo disse a VEJA José Roberto Batochio, um dos defensores do petista, seu cliente ficou bastante surpreso com dois pontos: a rapidez em que “a verdade foi revelada” e a “tamanha promiscuidade” demonstrada pela troca de mensagens.

“O presidente acreditava que isso não viesse à tona tão rapidamente porque o esquema aqui (em Curitiba) é tão bem estruturado, tão organizado, que era praticamente impugnável. E não mais que de repente o jornalismo iluminou esse episódio que era secreto, assustador, que se verificava nesse país”, disse o advogado.

Batochio, que ficou por cerca de duas horas com Lula na manhã desta terça, 11, também afirmou ter causado estranheza o fato de Moro ter dito que as conversas entre defesa e acusação são comuns ao magistrado, já que ele mesmo teve uma visita recusada pelo atual ministro da Justiça, quando do primeiro depoimento de Lula à Justiça Federal, em maio de 2017.

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