A partir desta terça-feira (26), o presidente Lula (PT), está em recesso parlamentar. O retorno está marcado para o ano que vem, no dia 3 de janeiro de 2024.

Lula deve passar o fim de ano na base naval de Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro. A base naval conta com praias privativas e fica a cerca de 80 km da capital do Rio.

Na ocasião, Lula elogiou a articulação do primeiro ano de seu governo.

“A gente vai continuar no ano de 2024 com esse mesmo jeito de governar: conversando com todo mundo, perde alguma coisa, ganha outra coisa, mas estabelecer como regra extraordinária a capacidade de conversação, a capacidade do diálogo”, disse o presidente.

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Lula afirma não ter obrigação de gostar do presidente argentino

No discurso proferido nesta terça-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou a recente vitória de Javier Milei na Argentina, destacando que “não tem que gostar do presidente” argentino, assim como dos líderes de outros países sul-americanos. Para o petista, as relações internacionais devem priorizar políticas de Estado, buscando acordos em defesa de interesses comuns.

Lula enfatizou a necessidade de abordar problemas políticos com inteligência e procurar soluções em vez de reclamar. “Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo, ele tem que ser presidente do país dele”, ressaltou o presidente durante um pronunciamento na cerimônia de formatura dos futuros diplomatas do Instituto Rio Branco, no Palácio Itamaraty.

Durante seu discurso, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) também sublinhou a importância de fortalecer a cooperação regional e estreitar relações com o continente africano. Lula destacou a necessidade de serem inteligentes na abordagem de questões políticas, visando uma cooperação eficaz e o enfrentamento conjunto de desafios que afetam a América do Sul.

Essa postura do presidente brasileiro reflete sua visão de que as relações internacionais devem ser orientadas por interesses nacionais e pragmatismo, em vez de sentimentos pessoais em relação aos líderes de outros países.

Entenda como economia do Brasil pode ser afetada pós vitória de Milei, na Argentina 

O economista e deputado Javier Milei (Libertad Avanza), figura ligada ao liberalismo de extrema direita, saiu vitorioso nas eleições do último domingo (19), conquistando a presidência da Argentina. A relevância desse evento para o Brasil e sua economia é significativa.

Existe uma interdependência econômica entre os dois países, embora o Brasil seja mais um exportador do que um importador em suas transações com a Argentina. Javier Milei está se preparando para assumir o cargo presidencial e já demonstrou intenções de realizar mudanças, especialmente no que diz respeito às importações do seu país.

Outra dinâmica que desperta preocupação no Brasil é a relação entre Milei e Lula. Isso se deve ao fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro ter se aproximado de Milei, enquanto Lula permanece à margem com o novo presidente argentino de extrema direita.

O presidente de um país exerce grande influência sobre as importações, independentemente de a empresa ser estatal ou privada. Javier Milei pode tomar decisões decisivas que afetem as aquisições brasileiras, dado que o Brasil não é um grande consumidor de serviços argentinos. Além disso, a relação política conflituosa entre os líderes pode intensificar essas mudanças.

Lula decidiu não ir à posse do novo presidente argentino. Apesar das especulações, especialistas não apostam na ideia de que Javier Milei rompa com o Brasil.

 

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