Inaugurada, ontem, a fábrica de cerveja do Grupo Petrópolis em Alagoinhas já pode ser ampliada no ano que vem, aumentando em 50% sua produção. Outra possibilidade em estudo pela direção da empresa, para 2014, é a implantação de uma planta de não alcoólicos. Nesse caso, a primeira marca do portifólio do grupo a ser produzida na Bahia é a do energético TNT. As informações foram dadas pelo diretor de mercado do Grupo Petrópolis, Douglas Costa, em coletiva à imprensa durante inauguração da fábrica, na tarde de ontem.

Segundo ele, as análises sobre os projetos de ampliação são baseadas no crescimento que a Itaipava teve desde que a fábrica de Alagoinhas começou a operar, há 60 dias, mais que triplicou sua participação no mercado baiano, saltando de 0,5 para 1,95%.

Para Costa, o sucesso se deve a dois fatores: a qualidade do produto feito na Bahia e a saturação das concorrentes (Skol e Schin) no público local. Também contribuiu, ainda segundo o diretor, o fato de a marca Itaipava já ser conhecida por causa de campanhas publicitárias nacionais, mas pouco experimentada. “Todos gostam de novidades”, argumentou. Esses dados foram medidos em pesquisas de marketing entre consumidores locais. Uma nova rodada de pesquisa – que ajudará na decisão de ampliar a produção ou não – será realizada no primeiro trimestre do ano que vem.

O Grupo Petrópolis é o quarto maior fabricante de cerveja do Brasil. De capital 100% nacional, é a segunda cervejaria a se instalar em Alagoinhas nos últimos anos. Antes veio a Schin, que hoje é uma empresa de capital japonês. A planta da Petrópolis é fruto de R$ 600 milhões em investimentos. Hoje, tem capacidade de produzir 600 milhões de litros de cerveja por ano, gerando 500 empregos diretos e 3 mil indiretos. A sua capacidade instalada é de 900 milhões de litros por ano. Marca que pode ser alcançada já no ano que vem.

Para garantir o crescimento, a estratégia do grupo inclui R$ 100 milhões para campanhas de publicidade e marketing. Outros R$ 400 milhões serão investidos em centros de distribuição. Serão 86 em todo o Nordeste, 25 deles na Bahia. Além da inauguração da sexta fábrica do grupo, em Pernambuco. Com as duas unidades em funcionamento, a empresa terá condições de atender o mercado de todo o Nordeste. A produção de Alagoinhas será destinada ao abastecimento dos mercados da Bahia, Sergipe e Alagoas. “Temos metas agressivas para o ano que vem. Queremos chegar a 15% do mercado baiano, pulando de 11,3% para 14,5 de participação no mercado nacional”.

Festa

A inauguração oficial da unidade contou com a presença do dono do grupo, Walter Faria, do governador Jaques Wagner, do ex-presidente Lula, dos senadores Walter Pinheiro e Lídice da Mata, do prefeito de Alagoinhas, Paulo César, e de secretários estaduais, além de deputados federais e estaduais.

Personalidades esportivas patrocinadas pelas marcas do Petrópolis, como a jogadora de basquete Hortência e o lutador de MMA Junior Cigano, também marcaram presença no evento, que foi apresentado pelo publicitário Roberto

Justus e encerrado com um show da banda de axé Babado Novo.

Em seu discurso, Faria relembrou as etapas que levaram até a construção da fábrica, passando por encontros com o governador e o prefeito e elogiando os incentivos dados à empresa.

Alagoinhas se consolida como a capital da cerveja

Segundo o secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, James Correa, a inauguração da fábrica do Grupo Petrópolis consolida Alagoinhas como um dos maiores polos de produção de bebidas do Brasil. No total, o governo contabiliza R$ 2,7 bilhões de investimentos em fábricas e ampliações de unidades de cervejas e refrigerantes.

O secretário disse que, em sete anos, a Bahia recebeu R$ 90 bilhões em investimentos privados, sendo 70% deles no interior. Só os setores de mineração e energia eólica somados investiram R$ 45 bilhões.

James destacou também que a economia do estado cresceu dez vezes mais que a de Pernambuco e 25 vezes mais que a de Minas Gerais no primeiro semestre deste ano.

Em termos de emprego, em sete anos foram criadas 550 mil novas vagas de carteira assinada, 55% delas no interior.

As informações são do Correio.