A promessa era de público zero. No entanto, a distribuição gratuita de ingressos momentos antes da partida entre Bahia e Luverdense fez com que alguns torcedores se aventurassem na Fonte Nova na noite desta quarta-feira. E ao final de 90 minutos, a sensação dos tricolores era de que seria melhor ter ficado em casa. Na base do sacrifício, o time baiano venceu a equipe treinada por Roberval Davino pelo placar de 1 a 0, mas não conseguiu garantir a classificação. Como venceu o primeiro confronto por 2 a 0, o Verdão do Centro Oeste ficou com a vaga e se tornou o primeiro time o Mato Grosso a avançar para terceira fase da competição nacional.
Fora da Copa do Brasil, sem técnico, sem diretor de futebol e com jogadores afastados, o Bahia tenta se reestruturar para tentar salvar a temporada. No domingo, o Tricolor encara o Vitória, no Barradão, pela grande final do Campeonato Baiano 2013, precisando vencer por cinco gols de diferença para ficar com o título. Já no dia 26 deste mês, o time baiano enfrenta o Criciúma pela estreia da Série A do Campeonato Brasileiro. No total, o Bahia terá pouco mais de uma semana para juntar os cacos e fazer com que o ano não seja exclusivamente de decepções.
Classificado, o Luverdense se prepara para ir ainda mais longe na Copa do Brasil. Na terceira fase da competição, o time treinado por Roberval Davino enfrenta o vencedor do duelo entre Fortaleza e Confiança. Na partida de ida, o Tricolor do Pici empatou com o Dragão por 1 a 1 no Batistão. As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 23 para decidir a vaga.
Omar salva e placar fica zerado
O Bahia precisava marcar gols para conseguir a classificação na Copa do Brasil. O esperado era que o time treinado pelo auxiliar técnico Eduardo Barroca pressionasse o Luverdense no campo de defesa e ameaçasse a meta defendida por Gabriel Leite. No entanto, o que aconteceu foi justamente o contrário. Previsível e sem velocidade, o Tricolor foi presa fácil para o time de Mato Grosso, que se aproveitou do desespero baiano e criou as melhores oportunidades de gol na Arena Fonte Nova. Logo aos cinco minutos, Tozin recebeu ótimo cruzamento de Edinho e cabeceou perto do gol. No lance, o goleiro Omar caiu para tentar fazer a defesa, bateu a cabeça na trave e se machucou. Os médicos do Bahia entraram em campo e colocaram uma touca de natação no camisa 1.
Sem conseguir entrar na área do Luverdense, o Bahia passou a apostar nos chutes de longa distância. Anderson Talisca e Fahel arriscaram, mas não conseguiram vencer Gabriel Leite. O Tricolor ainda ensaiava fazer uma jogada mais incisiva no ataque quando o time de Mato Grosso mostrou como levar perigo real ao gol adversário. Em lance de velocidade, Gilson avançou pela direita, passou pela marcação de Madson e cruzou para Tozin, que desviou de cabeça para grande defesa de Omar. Na saída para o intervalo, vaias, som que já virou costume para o time do Bahia na temporada.
Gol do Bahia e classificação do Luverdense
No segundo tempo, Eduardo Barroca decidiu mudar o time para tornar o Bahia mais ofensivo. O lateral Jussandro deixou o campo substituído por Hélder. A meta era dar mais volume ao meio de campo e criar chances de gol. Contudo, foi o Luverdense que, mais uma vez, criou oportunidades para balançar as redes. Após cobrança de falta ensaiada, Júlio Terceiro apareceu por trás da zaga e cabeceou muito perto do gol.
O Bahia só conseguiu levar perigo ao gol de Gabriel Leite no meio do segundo tempo. E logo em um dos primeiros lances de ataque, o Tricolor conseguiu abrir o placar. Após cobrança de escanteio, Rafael Donato mandou de cabeça para fazer o primeiro gol da partida na Arena Fonte Nova. Com a vantagem no placar, a esperança da torcida era de que o Bahia pressionasse em busca do segundo gol. E o resultado que levaria a decisão para disputa de pênaltis quase veio dos pés de Marquinhos. O atacante acertou um lindo chute de fora da área e obrigou o camisa 1 do Luverdense a fazer grande defesa. Apesar dos esforços, a partida terminou em 1 a 0, resultado histórico para o Verdão do Centro Oeste, e que mostra ao Tricolor que tudo que está ruim pode ficar muito pior.