Nesta terça feira, moradores, lideranças políticas e o próprio vereador Dailton Filho (DEM), realizaram a segunda manifestação em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para pedir a cadeira da prefeitura do município de volta para odemocrata.



Apenas no mês de agosto, o prefeito interino da cidade já foi trocado quatro vezes, sempre revezando entre Dailton e seu adversário, atual prefeito, Jefferson Andrade (PR). E a dança das cadeiras pode acontecer mais uma vez ainda nesta semana. Está marcado paraamanhã ojulgamento na Corte de mais uma liminar impetrada por Dailton para destituir Jeferson do cargo.



Para o presidente do Partido Trabalhista Nacional (PTN), de Madre de Deus, Deró Daltro, que também participou da ação, a liminar concedida pela desembargadora Deise Lago causou uma bagunça na cidade e fere o regimento interno da Câmara de Madre de Deus.

“A decisão da desembargadora fez como que a cidade parasse. Não funciona escola, posto de saúde, nenhum serviço públicoestá funcionando.Ninguém está satisfeito com a situação. Como é que dá liminar para uma pessoa que nem chapa política tinha? Isso é um absurdo”, disse o presidente que não exerce nenhuma função política ou administrativa na prefeitura.



Ainda de acordo com Deró, a própria presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Brito, em converso com o mesmo, se mostrou estarrecida com a decisão adotada pela desembargadora. “Conversei pessoalmente com a desembargadora e ela não acreditou na decisão da desembargadora Deise Lago. É uma decisão arbitraria e merecemos uma retratação por tudo o que temos passado durante este tempo”, afirmou.



Mais de 250 manifestantes permaneceram em frente ao TJ com placas, faixas e até um megafone foi utilizado para chamar a atenção dos funcionários e desembargadores que chegavam para o expediente do trabalho. “Nossa manifestação é pacifica e só tem a finalidade mostrar que estamos do lado do melhor representante para o nosso município, que é Dailton filho. Vamos continuar lutando para reverter essa situação que é inconcebível”, disse Antônio Carlos, líder comunitário.

A guerra política em Madre de Deus teve início no dia 15 de dezembro de 2010. Em sessão plenária na Câmara, houve votação para escolha da Mesa Diretora, da qual Dailton saiu vitorioso, com seis dos nove votos a seu favor. Após deixarem a Casa, logo em seguida, Jefferson Andrade, que não tinha chapa, realizou outra votação, sem a presença de Dailton e de mais três vereadores. Dos cinco presentes, todos votaram a favor de sua eleição para presidência da Câmara e ele se autoelegeu presidente da Câmara.



Conforme a lei eleitoral brasileira, quando um prefeito é cassado, quem assume a cidade é o presidente da Câmara. Por isso a justificativa do troca-troca no comando do Legislativo de Madre de Deus. Com BCNews

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