Na manhã desta segunda-feira (5), segundo a Secretaria de Saúde de Camaçari (Sesau), 32 pacientes ainda estão internados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Pronto Atendimentos (PA) do município aguardando a Regulação Estadual para serem transferidos para um hospital de referência.

Destes 32 pacientes, 19 estão na UPA da Gleba A/Gravatá. Outros sete estão na UPA Arembepe; dois no PA Monte Gordo e quatro na UPA Pediátrica.

Tantos pacientes internados resultam numa demanda maior de atendimento médico para os internados prejudicando o atendimento de novos usuários. Principalmente com pacientes em sala vermelha e amarela como na UPA da Gleba A/Gravatá.

Contrário ao que representantes do Governo do Estado tentam propagar, as unidades de urgência e emergência não estão cheias por falta de um serviço de saúde preventiva em Camaçari. Isso se comprova com dados do próprio Ministério da Saúde que atestam Camaçari em primeiro lugar entre os municípios mais populosos da Bahia no quesito cobertura da Atenção Básica onde ocorrem a maioria dos serviços de saúde preventivos como os grupos de Hiperdia que atuam na saúde do hipertenso e do diabético.

O Subsecretário de Saúde de Camaçari, em recente entrevista, Luiz Duplat reafirmou que, “o que faltam são leitos nos hospitais geridos pelo Estado para receber os pacientes internados nas unidades de urgência e emergência. E eles ficam tentando jogar a responsabilidade para os municípios culpando a Atenção Básica”.

Dados da Secretaria de Saúde de Saúde de Camaçari revelam que, de 01 de janeiro deste ano até o dia 31 de maio, 64.908 pessoas foram atendidas nas UPAs e PAs da cidade. Destes, 9.292 pacientes foram de outros municípios baianos sendo a maioria das cidades vizinhas à Camaçari.

Não podemos negar atendimento de urgência e emergência para ninguém independente do município de residência. Mas, esse alto número de pacientes de outras cidades sendo atendidas em nossas unidades de urgência, principalmente na UPA Pediátrica onde chegam crianças de todos os municípios da região, só comprova que temos feito sim nosso dever de casa também no serviço de urgência e emergência. Cabe agora ao Estado fazer o dele”, afirma Duplat.

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