Na manhã desta quinta-feira (6), durante a primeira edição do programa Bahia No Ar (Rádio Sucesso 93.1 / rádio Metropolitana Web), o radialista Roque Santos conversou, por telefone, com a secretária da Educação de Simões Filho, Mariza Bonfim (o sobrenome Pimentel, ela salientou que era usado no período de solteira).

Na oportunidade, ela falou sobre o primeiro encontro virtual dos secretários da Saúde e da Educação da Região Metropolitana de Salvador (RMS), que ocorreu na terça-feira (4), visando definir um protocolo unificado de uma possível retomada das aulas presenciais, suspensas desde março em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Para a secretária, o retorno só deve acontecer ao final da pandemia, com a chegada de uma vacina contra a doença.

“Nessa reunião, ficou decidido que a volta as aulas na região metropolitana só no final da pandemia, quando descobrirem uma vacina […] Ouvimos os secretários de Saúde, os órgãos de Saúde, e entendemos que o mais importante nesse momento é preservar vidas”, frisou Mariza.

“Semana passada, eu ouvi um pronunciamento do senhor governador [Rui Costa], onde ele disse que se abriu os shoppings também pode abrir as escolas [….] O pai que leva seu filho ao shopping, ele tá cometendo um ato de grande irresponsabilidade. Minha opinião pessoal, como mãe de família, como mãe, é que devemos preservar a vida, não temos condições de concordar com essa posição do governador, com todo o respeito”, completou.

Ainda segundo Mariza, um documento com o que ficou definido na primeira reunião será apresentado em um segundo encontro, dessa vez presencial, que antes aconteceria na sexta-feira (7), mas foi remarcado para a segunda-feira (10). O momento deve contar com a presença de representantes estaduais, a exemplo dos secretários de Saúde, Fábio Vilas-Boas e da Educação, Jerônimo Rodrigues.

“Esse documento será levado na segunda […] O que nós queremos que eles entendam, é que as escola estão fechadas, entre aspas, porque estamos funcionando remotamente, mas estamos trabalhando. Nós não podemos parar a educação, esses meninos precisam ser assistidos”, destacou.

Questionada pelo radialista sobre como ficará a situação do ano letivo de 2020 em Simões Filho, se a pasta está preparada para encerrar com êxito, na atual circunstância, a secretária ressaltou que terá uma resposta em breve.

“Nós estamos avaliando, eu cheguei agora. Estou tendo a cada dia reuniões e recebendo relatórios. Só após a avaliação desses relatórios é que vamos ver qual o índice que foi atingido para dar um resultado final. No momento, eu ainda não posso dizer se o ano letivo pode ser concluído ou não”, afirmou.

‘Profecia’

Durante a entrevista, Mariza também falou sobre como aconteceu o convite para assumir novamente a Educação do município, e revelou que a aceitação só veio após uma “confirmação” de Deus.

“O prefeito [Diógenes Tolentino] já tinha me feito um convite em abril. Eu fui orar […] Já tive dois milagres de Deus na minha vida, a cura do meu irmão, Adílson, de um câncer, e do meu filho, que ficou muito doente e também foi curado”, começou.

“Quando recebi o convite para assumir novamente a Secretaria da Educação, eu disse que iria orar e pedir a Deus que me ajudasse a decidir, que me desse um sinal […] Eu costumo botar comida para os meus passarinhos, coloco sempre banana e mamão. Então, eu disse, ‘Senhor, se for para eu voltar para a Secretaria, coloca quatro passarinhos quando eu for colocar comida’. E, vieram quatro passarinhos de vez quando coloquei o mamão, e mais quatro quando coloquei a banana. Mas, eu ainda não fiquei convencida. Então, pedi novamente a Deus e, à noite, eu tive um sonho. Eu entregava pastas da Secretaria para duas professoras que tenho muito respeito […] Eu levanto a bandeira da Educação, mas eu não sigo nenhum prefeito, eu sigo ao Senhor”, completou.

Mariza já foi gestora da Educação em janeiro de 2001 à maio de 2004. E, em um segundo mandato, de janeiro de 2005 à junho de 2008. Ela também foi candidata a prefeita, em 2008, pelo PMDB, onde obteve 6.111 votos.

Cartão Merenda

Na ocasião, Mariza também falou sobre o Cartão Merenda, criado pela prefeitura com o intuito de atender aos mais de 17 mil alunos da rede municipal de ensino nesse período em que as aulas estão suspensas presencialmente e que , consequentemente, esses estudantes ficariam sem a merenda escolar.

“Quero comunicar aos senhores pais que o prefeito autorizou ontem [quarta-feira, 5 de julho] o repasse de um milhão e quarenta mil e cem para essa nova etapa”, assegurou.

“Os alunos que não foram contemplados na segunda etapa, eles vão ser contemplados agora”, estendeu Mariza.

Ela também falou sobre as reclamações referentes ao benefício que, inclusive, foram realizadas no microfone do Bahia No Ar.

“Quando você deixa de atender por erro de digitação de CPF, em pequeno número, as pessoas ligam, criticam. Eu peço a população de Simõs Filho que também aplauda as ações do prefeito. Nessa época de política as críticas surgem para denegrir a imagem”, disse.

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