Nesta sexta-feira (9), um homem identificado como Renan Marques foi preso acusado de espalhar fake news na cidade de Camaçari. A prisão aconteceu nesta manhã pela equipe da delegada Thais Siqueira da 18º delegacia territorial.

Após a prisão de Renan, várias vítimas compareceram a delegacia para presta depoimento sobre o caso, entre elas o empresário Alisson Moares, que havia sido vítima de Renan, na qual ele teria espalhado a informação de que o empresário teria cometido estupro contra uma criança de cinco anos, na cidade de Dias d’Ávila. O empresário inclusive falou na tarde desta sexta-feira com o radialista Roque Santos, no programa Bahia No Ar, na rádio Sucesso 93.1 e na Rádio Metropolitana Web.

Em agosto, o empresário procurou a equipe do Bahia No Ar, e relatou o caso, dizendo que uma foto teria sido tirada do seu perfil do Whats’app, e foi colocada em um grupo de compra e venda de Camaçari no Facebook dizendo que ele era pedófilo. Moraes informou que deu queixa na delegacia de Camaçari, e posteriormente registrou na delegacia de crimes virtuais em Salvador. Contudo, o telefone do acusado estava no perfil da página fake, e em função disso, o caso voltou para a 18º delegacia que concluiu o caso. Moares inclusive falou sobre vários constrangimentos sofridos devido ao fake news, a exemplo de pessoas apontando para ele na rua dizendo que ele era abusador.

“Hoje eu acordei com essa notícias maravilhosa, porque a gente tem a sensação de impunidade, mas quem fizer vai ter que responder”, disse Moraes.

Sindicalista

Outra vítima de Renan Marques, o sindicalista Nicanor, também participou do programa relatando que teria sido vítima por várias vezes, tanto ele, quanto a família. “Ele invadiu a minha página do facebook, pegou a foto das minhas filhas que são adolescentes, eu tenho três filhas adolescentes, usou minha imagem junto com minhas filhas, e saiu publicando em um facebook fake e nos grupos de whats’app dizendo que eu era pedófilo e que a polícia estava a minha procura”, afirmou.

Nicanor em entrevista, também disse que ele foi acusado, em outra notícia fake, de ter estuprado uma mulher de 70 anos, além de áudios nas redes sociais dizendo que ele era estelionatário e ladrão. O sindicalista relatou que a sua família ficou abalada diante dessa situação, já que ele é ligado a política, e ficaram com medo de ele sofrer retaliação.

Vigilante

Outra vítima falou no programa, foi a vigilante da empresa Vigseg, Roqueline, que relatou o fato de ter sido difamada, assim como outras vigilantes da empresa por Renan Marques. Segundo Roqueline, o acusado teria espalhado nas redes sociais, que as vigilantes da empresa Vigseg seriam prostitutas, e que trabalhariam em um prostíbulo de Camaçari. “Eu fiquei envergonhada, e com vergonha de dizer que eu trabalho na Vigseg, […] Olha, teve mães de família que apanhou do marido por causa dessa conversa, teve mulheres obrigadas a sair do trabalho, teve mulheres que os maridos abandonaram, teve mulheres que estão tomando remédio controlado, ele destruiu muitas famílias”, disse a vigilante.

Representante dos Direitos Humanos

Cristiane Carvalho, representante dos Direitos Humanos de Camaçari, outra vítima, informou ao radialista, que Renan criou um perfil falso na Facebook com sua foto, e que esse perfil estava acusando diversos moradores de Camaçari. De acordo com Cristiane, ele a chamou com palavras de baixo calão, em áudios nas redes sociais, e ela afirma que já registrou uma ação judicial contra ele, e contra uma mulher de nome Rafaela Santana. “Fiquei com problema de saúde devido a essa situação, e estou fazendo um tratamento psicológico”, diz Cristiane.

Vereador Gilvan Souza

O vereador da cidade de Camaçari, Gilvan Sousa, também teria sido uma das vítimas de Renan Marques. E ao programa o político informou que o fake news prejudicou a sua família. “A política nos prepara psicologicamente para esse tipo de coisa, mas a nossa família não, minha mãe passou mal, quase morreu”, afirmou.

Segundo o vereador nesse momento o que aconteceu foi justiça, e as pessoas devem pagar por seus atos irresponsáveis.

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