Na última quinta-feira (8), após a repercussão do caso de uma gestante que teve o bebê na recepção do Hospital Geral de Camaçari (HGC), e o bebê veio à óbito, uma equipe do Projeto Cegonha, do Ministério Público da Bahia, esteve na unidade para realizar uma inspeção na maternidade. Na ocasião, foram detectadas diversas irregularidades.

Entre os problemas verificados pela coordenadora do projeto, a promotora de Justiça Mirella Brito, estão: a falta de pessoal; computadores quebrados, com isso o setor de classificação de risco não funciona durante 24 horas, problema que acaba atrapalhando o processo de transferência de pacientes de alto risco; diversas infiltrações; aparelhos de ar-condicionado quebrados nas salas de parto; entre outros.

Também foi pontuado pela fiscalização do projeto que a recepção da maternidade é a mesma utilizada para pacientes de urgência e emergência.

Ademais, a equipe do Projeto Cegonha destacou o atraso nas obras de construção do prédio próprio da maternidade, que vai funcionar ao lado do HGC.

A inspeção foi acompanhada pelos servidores do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública (Cesau), Candice Lisboa e Rafael Costa, e da servidora da Promotoria de Justiça de Camaçari, Denise Brito.

A promotora de Justiça fará o encaminhamento das irregularidades constatadas para análise do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Moralidade Administrativa e Defesa do Patrimônio Público (Caopam) e do Ministério Público Federal.

Projeto Cegonha: Efetivando a Dignidade

O projeto tem o objetivo de induzir a redução da morbimortalidade materna e infantil, no Estado da Bahia, por meio do acompanhamento, pelo Ministério Público, da efetivação da assistência à saúde de qualidade voltada às gestantes, parturientes e recém-nascidos.

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