Durante entrevista na manhã desta quinta-feira, 19, no programa Acorda Bahia, apresentado pelo radialista Roque Santos,  na Sucesso FM (93,1), o médico Yang Oyama Mascarenhas Fonseca, denunciou o descaso da administração do município de Camaçari,  com a saúde e fez diversos relatos sobre a situação precária  e de insegurança em que seus colegas são obrigados a trabalhar.

Na oportunidade, o médico pontuou situações que vão desde a falta de materiais e medicamentos até as agressões e ameaças sofridas por profissionais da área. De acordo com Dr. Yang, está faltando “tudo” nas  unidades de saúde da cidade.”Tem unidade aí que tem as paredes estão mofando, com infiltrações por causa da chuva, banheiro não tá funcionando, tem vazamento em banheiro, tem vazamento em bebedouro, nem prontuário eletrônico tem. É uma vergonha! Camaçari não evolui. Camaçari não dá manutenção nos seus postos, não dá manutenção nas suas ambulâncias. Camaçari vai fazer o quê com essa saúde? Vamos fazer de conta que estamos trabalhando?”, questionou

Yang relatou também, a falta de segurança nos locais e afirmou que alguns postos fecham no meio da tarde porque os funcionários têm medo de permanecer no local.  O médico a citou ainda, dois episódios onde médicos foram a ameaçados por usuários das unidades. No primeiro caso, uma médica foi encurralada após se negar a dar um atestado – não conformado com a situação, o “paciente” ao deixar  o posto riscou o carro de um médico e no outro caso um médico precisou se esconder e sair escondido de uma UPA, após o acompanhante voltar armado para atentar contra sua vida.

O médico destacou que sobre esses e outros assuntos a categoria  tentou conversar por diversas vezes com a prefeitura e com as secretarias de saúde e de governo e acrescentou que existe um “jogo de empurra para ganhar tempo. “Cansamos de ser heróis, sem as mínimas condições para atender vamos todos entregar os nossos cargos”, falou.

Corte de Ponto

Sobre a greve dos servidores  e sobre o anúncio feito pela prefeitura sobre o corte de ponto grevistas, o médico mostrou descontentamento com  a situação . “Uma limitar que pede retorno de 70% dos servidores não é greve”, argumentou complementando que não tem como fazer negociações totalmente junto com o Sindicato dos Servidores públicos do Município de Camaçari (SINDSEC), por que as demandas da saúde envolvem outros problemas graves. “São problemas que devem ser tratados de maneira exclusiva com o secretário de saúde, administração e o prefeito”, disse ainda criticando o “poder” do secretário de saúde do município. “Ele não tem poder de absolutamente nada”, disse Yang.

Confira a entrevista:

https://soundcloud.com/bahia-no-ar-bahianoar-com/entrevista-com-doutor-yang-fonseca

 

 

 

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