Nesta segunda-feira (23) a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusou a Organização Mundial Saúde (OMS) de racionar vacinas utilizadas para tentar controlar a epidemia de ebola na República Democrática do Congo.

Por meio de nota, a MSF disse que “um dos maiores problemas reside atualmente no fato de que, na prática, a vacina [contra o ebola] é racionada pela OMS, e muitas pessoas em risco não estão protegidas”.

A organização criticou severamente o que eles chamaram de a “opacidade” da OMS, com relação à distribuição das imunizações e solicitou a “criação de um comitê independente de coordenação internacional, na tentativa de garantir a transparência sobre a gestão dos estoques e a distribuição de dados”.

O comitê poderia ser integrado por entidades como a própria OMS e a MSF, assim como a Cruz Vermelha e o Unicef.

Surto

Declarada no dia 1 de agosto de 2018, a 10ª epidemia de febre hemorrágica ebola na região do Congo já provocou a morte de mais de 2.100 pessoas. Em julho, a OMS elevou o nível de ameaça do ebola para “urgência de saúde pública de alcance internacional”.

Ao todo, cerca de 225 mil pessoas receberam uma dose da vacina produzida pelo laboratório Merck, desde 8 de agosto de 2018. Entretanto, segundo a MSF, “o número é amplamente insuficiente”.

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