Freddy Adu está próximo de desembarcar em Salvador. O americano sai nesta terça (19) dos EUA e chega quarta (20) para conhecer a cidade, o clube e finalmente assinar contrato com o Bahia.
A negociação com o Philadelphia Union, clube do meia, está praticamente selada. “Faltam algumas conversas para definir os detalhes de contrato”, afirma o representante do jogador Tiago Almeida, por telefone, diretamente de Miami.
Adu será envolvido em uma troca com o pentacampeão mundial Kléberson, hoje sem espaço no elenco tricolor. Ao chegar por aqui, no entanto, vai ter que se acostumar com um novo apelido. Nada de Pelé americano. Por aqui, o novo contratado do Bahia já virou ‘Adivis’ – pura precaução contra a rima.
Alheio à brincadeira que ganhou na cidade, o empresário do jogador acredita que o negócio será ótimo para as duas partes. Adu vê o futebol brasileiro como vitrine para retornar à Seleção Americana, para a qual não é convocado desde 2011. “O Bahia é o lugar ideal para que ele possa voltar. Aí temos um estádio de Copa das Confederações… No Brasil temos jogadores como Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Pato. É um campeonato disputado”.
Em troca, o tricolor ainda abriria as portas nos EUA, diz Almeida. “É um mercado em ascensão. Poderiam ser marcadas futuras excursões ou até amistosos. É um projeto que também serve para internacionalizar a marca Bahia”.
Apesar de a ideia seduzir, o vice-presidente de marketing tricolor pede cautela. “Vamos esperar concretizar primeiro, mas é claro que vai ser um facilitador. É uma possibilidade de intercâmbio, com amistosos, etc”, explica.
Estilo
Nem tão conhecido no Brasil, Freddy Adu surgiu como uma promessa no DC United, dos EUA, chegando a ser apelidado de ‘o novo Pelé’. A fama foi tanta que o maior jogador de todos os tempos fez até uma visita ao ‘sucessor’.
Depois de despertar interesses de clubes como Manchester United, Chelsea e Real Madrid, o jogador teve temporadas sem muito sucesso na Europa por Benfica, Mônaco e Aris Saloniki, da Grécia. Neste último clube, foi companheiro do lateral Neto, atual camisa 2 do Esquadrão.
Retornou à liga americana e tornou-se ídolo da torcida do Philadelphia Union. Somando passagens pelo futebol americano, Adu fez 133 jogos e marcou 19 gols. Tiago Almeida fala um pouco sobre o estilo do jogador. “Ele gosta de atuar pelos lados do campo. É muito forte, habilidoso, gosta de ir pra cima. Tenho certeza que a torcida do Bahia vai gostar”.
Nessa temporada, Adu não fez nenhuma partida, pois está inativo. Por lá, os times possuem um teto salarial e o meia-atacante, com contrato até 2014, onerava a folha com ganhos de cerca de R$ 800 mil por temporada. No Bahia, chegaria pra ganhar aproximadamente R$ 70 mil mensais. “Ele se enquadra na folha do clube. É exatamente como já foi divulgado aí”, comenta o representante. Fonte: Correio