De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), disponibilizado pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira (29), a economia brasileira já fechou 331.901 vagas de trabalho com carteira assinada, somente no mês de maio do ano vigente. Entre março e maio, durante o auge da pandemia do novo coronavírus (covid-19), foram encerradas cerca de 1,487 milhão de oportunidades formais.

Segundo o levantamento, em maio deste ano, o Brasil teve 703.921 contratações e 1.035.822 demissões. O Ministério da Economia afirma que, no mesmo período do ano passado, o saldo entre contratações e demissões havia sido positivo, gerando 32.140 postos de trabalho.

Ainda na comparação com maio de 2019, o número de contratações apresentou uma queda de 48%. No entanto, se comparado a abril, quando a economia brasileira começou a sentir de maneira mais severa os efeitos da pandemia da Covid-19, houve um crescimento de 14% nas contratações.

O ministério também reasdalta uma queda de 31,9% nas demissões em maio, na comparação com abril deste ano de 2020.

A pandemia, que decretada oficialmente em março pela Organização Mundial de Saúde (OMS), levou governos a adotarem ações de restrição e isolamento social na tentaiva de reduzir a velocidade da proliferação da doença; situação que provocou a suspensão do funcionamento de serviços considerados não essenciais, como por exemplo, o fechamento de boa parte do comércio e também de fábricas. No país, o primeiro óbito por complicações ocasionadas pleo vírus foi registrado no dia 17 de março.

Nas últimas semanas, em determinadas localidades do país, essas medidas de restrição e enfrentamento à Covid-19 vêm sendo flexibilizadas, apesar de ainda ser considerado crescente o número de casos confirmados, bem como de vítimas, provocados pelo novo coronavírus.

Setores

Os dados do ministério revelam também que em maio deste ano a agricultura foi o único setor com geração de postos de trabalho: na ocasião foram 15.993. Já o setor de serviços foi o que mais fechou postos de trabalho (-143.479). Em seguida aparecem: indústria geral (-96.912); comércio (-88.739); e construção (-18.858).

No que diz respeito ao setor de serviços, a área que mais fechou oportunidades de emprego formal foi a de alojamento e alimentação (saldo negativo de 54.313). Na sequência surgem: área de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que encerrou 37.687 postos de trabalho.

Estratégias

Com o intuito de tentar evitar uma perda maior de empregos no país, o governo publicou em abril uma Medida Provisória (MP) que autorizou a redução da jornada de trabalho, com corte de salário de até 70%, num período de até três meses.

O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda determina que o trabalhador permanecerá empregado durante o tempo de vigência dos acordos e pelo mesmo tempo depois que o acordo acabar. Segundo o Ministério da Economia, até o dia 26 de junho, mais de 11,6 milhões de trabalhadores aderiram ao programa.

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