Durante um jantar na noite deste domingo, 03, o presidente Michel Temer voltou a pedir apoio de parlamentares para aprovar a reforma da Previdência e disse que o texto já estava pronto para ser votado em maio, antes da delação da JBS, que levou seu governo para uma grave crise política.

O encontro ocorreu na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na ocasião, Temer não citou nominalmente o empresário Joesley Batista, chamado por ele de “desajustado da iniciativa privada”, mas afirmou que a reforma estava bem encaminhada quando aconteceu “aquilo”, em referência à delação dos executivos do grupo J&F que resultou em duas denúncias contra ele.

Em seu discurso,o presidente pediu apoio dos líderes da base que ainda resistem às mudanças nas regras da aposentadoria e marcou nova reunião para esta quarta-feira (6), quando fará uma contagem mais precisa de votos e avaliará se é possível colocar o tema em pauta ainda este ano -são necessários 308 votos para aprovar a medida na Câmara.

Após o jantar, Maia disse que os partidos representados no encontro podem somar “até 320 votos” e que estava otimista quanto à reorganização da base.

“Acho que conseguimos organizar a base, com o compromisso de todos os partidos de trabalhar suas bancadas”, disse.

Segundo o presidente da Câmara ainda não é possível saber se a votação ocorrerá ou não este ano, como desejava o Palácio do Planalto. “Espero que tenhamos votos para aprovar este ano, mas veremos isso ao longo da semana”.

 

“Se a gente não fizer reforma, os indicadores que estão para um lado vão apontar para outro, não tenham dúvidas”, sentenciou Maia.

 

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