Essa foi uma semana atípica nas esferas do poderes na cidade de Camaçari. Judiciário, legislativo e executivo protagonizaram situações polêmicas e surpreendentes que ainda vão dar muito o que falar. Tudo começou na quarta-feira (07), quando o promotor do Ministério Público, Everardo Yunes, encaminhou à Justiça uma denúncia acusando 17 vereadores (número que deve crescer para 20 na próxima semana) de fraude e desvio de verba pública. No dia seguinte, foi a vez da secretária municipal de Desenvolvimento Urbano ser acusada pelo MP de associação criminosa e corrupção.

Parte da reação às denúncias tenta vincular a figura do promotor Everardo Yunes a nomes da política partidária, incluindo na defesa o argumento de que o posicionamento do jurista é imparcial e equivocado. Em entrevista concedida ao programa Conectado nesta sexta-feira (09), Yunes reagiu aos comentários, afirmando que sua atuação não é pautada ou influenciada por ligações políticas. Ao ser questionado pelo radialista Roque Santos sobre ele ter uma bandeira política, ele respondeu: “Tenho sim, é a bandeira branca”, esquivou-se.

Ele negou diretamente agir a serviço do governador Rui Costa, bem como fez questão de esclarecer que o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o deputado federal Paulo Azi, não estão envolvidos no esquema fraudulento que acredita ter descoberto dentro da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). “ACM Neto e Paulo Azi foram traídos por Juliana Paes [secretária da Sedur] e aproveito para registrar que não estou a serviço do governador, como já estão dizendo”, pontuou.

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