O Ministério da Defesa do governo federal gastou recursos que eram destinados ao combate à Covid-19 para comprar filé mignon e picanha. A constatação foi feita através de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e divulgada pela Folha de São Paulo no domingo (26).

De acordo com um levantamento feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog), R$ 535 mil foram usados em itens tidos como de luxo.

A auditoria em questão foi aberta visando apurar supostas irregularidades na compra de gêneros alimentícios desde 2017. Os técnicos foram surpreendidos em especial por conta dos gastos das Forças Armadas no primeiro ano de pandemia.

Auditores esperavam que, com o regime telepresencial de trabalho, acontecesse uma redução dos gastos com alimentos, mas não foi o que aconteceu no Ministério da Defesa, diferente das pastas de Saúde e Educação.

A assessoria da Defesa disse à Folha que as atividades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram mantidas em meio à crise da Covid-19, incluindo assim a alimentação fornecida às tropas.

Ainda houve a constatação de que, entre os órgãos superiores dos três Poderes, o ministério liderado por Braga Netto se mostrou o que mais gastou recursos com itens não essenciais, incluindo bacalhau, salmão, camarão e bebidas alcoólicas.

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