Ao que tudo indica, o secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, deixará o cargo na segunda-feira (25). Ele, inclusive, já havia pedido demissão em abril, mais especificamente no dia 15. No entanto, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não permitiu sua saída de Wanderson na ocasião.

Ao longo da gestão de Mandetta, Wanderson de Oliveira foi uma das autoridades do ministério que mais esteve presente nas ações para enfrentar a pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), e, assim como o ex-ministro da saúde, ele defende o isolamento social como uma forte estratégia de contenção do vírus.

No trecho de uma mensagem encaminhada à equipe, Oliveira pontuou que a saída dele foi definida no dia 15 de abril, porém, decidiu permanecer mais algumas semanas após o pedido de Mandetta e de seu sucessor, Nelson Teich, que também já deixou a gestão da pasta.

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Com a saída de Nelson Teich (em menos de um mês após assumir o Ministério da Saúde no lugar de Mandetta), o secretário de Vigilância afirmou que também havia acordado a saída dele com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, na última quarta-feira (20).

“Apesar de sair da função de Secretário de Vigilância em Saúde, continuarei ajudando ao Ministro Pazuello nas ações de resposta à pandemia. Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa e conosco é missão dada, missão cumprida”, declarou Wanderson.

Com a saída da pasta, Wanderson de Oliveira, que é servidor do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, reapresentará à instituição.

O Ministério da Saúde confirmou a saída do secretário e garantiu que o substituto será informado nas próximas edições do Diário Oficial da União.

Sobre Wanderson

Doutor em epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Wanderson Oliveira coordenou a resposta nacional à pandemia de influenza e à síndrome da zika congênita, além de também ter atuado como ponto focal para o regulamento sanitário internacional e eventos de massa, a exemplo da Copa do Mundo e Olimpíadas, conforme informações do governo.

Oliveira tem mais de 20 anos de experiência, sendo 15 deles no Ministério da Saúde, segundo a própria pasta. Ele é servidor público federal e tem passagens pelo Ministério da Defesa e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ademais, Wanderson ainda tem especialização pelo programa de treinamento em epidemiologia aplicada ao SUS (Sistema Único de Saúde), pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Georgia, nos Estados Unidos (EUA). É especialista em epidemiologia pela Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, também nos EUA, e é professor da escola da fundação Oswaldo Cruz, em Brasília.

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