O Ministério Público Federal (MPF) determinou a abertura de uma investigação criminal sobre as negociações para compra da vacina da Covaxin pelo governo federal. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (30), leva a assinatura do procurador da República José Rocha Júnior.

A apuração em torno do contrato de aquisição da vacina indiana era de caráter preliminar, resultando na suspensão provisória do acordo, como informado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Agora, o MPF conta que serão investigadas “supostas irregularidades na celebração do Contrato n° 29/2021, pactuado entre a empresa Precisa Medicamentos, cujo sócio-administrador é Francisco Emerson Maximiano”.

As suspeitas de corrupção no processo de compra das doses foram levantadas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM) e por seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde. À CPI da Covid, ele disse ter sofrido certa pressão para acelerar a aquisição do imunizante. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria sido avisado sobre a questão, mas nada fez.

O chefe do Executivo veio a público para confirmar que se reuniu com a dupla, mas as possíveis irregularidades não teriam sido citadas pelos irmãos Miranda. Já o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou à Procuradoria Geral da República que foi avisado sobre assunto pelo próprio Jair.

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