Os organizadores da chamada “motociata” em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizada em São Paulo no último sábado (12), agora são investigados pelo Ministério Público. Isso por conta da aglomeração causada durante o passeio de motociclistas e também pela falta de uso de máscaras de proteção contra a Covid-19.

O inquérito civil foi instaurado pelo promotor de Justiça Arthur Pinto Filho, nesta segunda-feira (14), contra Jackson Vilar e demais lideranças. O evento reuniu, aproximadamente, 12 mil veículos, contando com a participação do próprio Bolsonaro.

A portaria de instauração do inquérito diz que os organizados assumiram o compromisso de garantir que todas as motos estariam emplacadas e que os participantes estariam de máscara, com exceção do presidente.

“É do conhecimento geral que o Chefe da Nação se manifesta, em todas as ocasiões que se lhe apresentam, de forma clara e direta, sem peias, por palavras e atos, contra as orientações emanadas das leis, decretos e orientações expressas por seu próprio Ministro da Saúde acerca das corretas formas não medicamentosas para o enfrentamento da pandemia”, é reconhecido na portaria.

Já que o Ministério Público de São Paulo não pode investigar autoridades com foro privilegiado, as irregularidades cometidas pelo presidente devem ser levadas ao MP federal. Jair Bolsonaro já levou multa do governo estadual em R$ 552,71, por violação a regra sanitária.

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