Ministro do STJ determina que Adélio Bispo permaneça preso na penitenciária federal

O ministro, inclusive, já havia instaurado um processo para investigar se havia conflito de competência entre a 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande (MS) e a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG).

Em março, o juiz Dalton Igor Kita Conrado, de Campo Grande, havia decidido que Adélio deveria ser transferido para o hospital psiquiátrico de Barbacena, situado em Minas Gerais. No entanto, na última sexta-feira (12), o juiz Bruno de Souza Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, emitiu um ofício em que discorda do pedido de transferência. O argumento é que não existem vagas nem infraestrutura em Barbacena para receber o preso.

Durante a decisão da quarta-feira, Paciornik sustentou que as informações disponíveis, que indicam haver estrutura suficiente para o cumprimento da medida, pelo menos até o julgamento de mérito do conflito, na penitenciária federal de Campo Grande, local que conta com unidade básica de saúde, inclusive para atendimento psiquiátrico.

Atentado

Desde setembro de 2018, Adélio Bispo cumpre medida de segurança de internação, por prazo indeterminado, no presídio federal. Em um laudo, emitido em março do ano passado, ele foi diagnosticado com  transtorno delirante permanente paranoide e, por isso, não poderia ser punido criminalmente pelo atentado à Jair Bolsonaro. Dessa maneira, Adélio foi considerado inimputável.

O atentado contra Boslonaro ocorreu no dia 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha eleitoral no Centro de Juiz de Fora. O fato aconteceu no momento em que o mandatário era carregado nos braços por alguns apoiadores.

Adélio foi preso no mesmo dia e, segundo a Polícia Militar (PM), confessou ter sido o autor da facada.