A água nas torneiras das residências do bairro Jardim Brasília é uma visitante ilustre, desejada por todos os moradores que vivem em uma pequena avenida do bairro. A família de Genilson dos Santos, 28 anos, sabe bem a falta que o líquido precioso faz.

Às vezes eu vou pegar água lá perto do SAC para a minha esposa fazer o mingau e dar banho nos meninos.Gilson dos Santos

Genilson mora com a esposa e três filhos pequenos, entre 4 e 6 anos, e precisa pedir água na vizinhança mais próxima para garantir o mingau dos filhos. “Às vezes eu vou pegar água lá perto do SAC para a minha esposa fazer o mingau e dar banho nos meninos”, conta.

Na avenida ao lado da casa de Genilson moram 22 famílias, todas sentindo falta da água. “A água vem às vezes durante a noite, na hora que a gente está dormindo. Aí, eu tenho que levantar para aparar água”, explica uma moradora.

Além de ter que fazer economia da quantidade de banhos por dia e regrar a água para fazer comida, a falta da água afeta os projetos financeiros de Edmilson de Oliveira Batista, que tem vinte casas alugadas e já perdeu dez inquilinos. “Meus inquilinos estão indo embora por causa da falta de água e aí eu tenho que cortar gastos e acabo ficando enrolado”, diz.

A Lavanderia SOS Dona de Casa, na Rua Curió, preferiu tomar uma atitude mais segura. “A gente contrata carros-pipa, que vem um dia sim, outro não encher os tanques da gente, porque aqui não pode ficar sem água”, conta a funcionária.

Por Henrique da Mata