Planejamento é a palavra chave para quem quer morar fora Brasil por um tempo ou até mesmo imigrar. A frase “me leva Milane” é a que mais escuto/recebo dos meus amigos ou de pessoas que entram em contato comigo, quando apresento alguns aspectos positivos de morar na Nova Zelândia.

Como não virei milionária, não tenho como trazer essa galera comigo, senão o faria com muito prazer. Mas, escrevo aqui alguns aspectos que darão ideias a quem pensa em morar fora do país ou imigrar.

Para começar, é preciso tomar a decisão e a coragem de deixar tudo para trás e recomeçar do zero. Não é fácil, mas é possível, e estou aqui para provar. Deixei um emprego estável, vendi o apartamento, joguei as roupas na mala e caí no mundo. E sabe o que mais me motiva a continuar? Saber que eu sempre poderei voltar ao Brasil, que terei um lar e quem me acolha. Não tenho medo de fracassar nesse percurso, mas não medirei esforços para conseguir o meu objetivo. Ter essa consciência é fundamental!

Após tomar a decisão é preciso definir como começar. Não sei se vocês sabem, mas muitos países de primeiro mundo, como Nova Zelândia, Austrália, Canadá e Estados Unidos têm listas com escassez de profissionais. Se a sua profissão estiver numa dessas listas e você conseguir se encaixar num perfil específico, pode conseguir um emprego, e, dessa forma, dar início a primeira etapa do sonho de morar no exterior.

As listas abrangem profissionais de diversas áreas, principalmente da área de tecnologia, construção, engenharias e saúde. Para conferir se sua profissão consta nessas listas, basta acessar o site de imigração do país desejado ou pesquisar no Google, de forma mais prática.

Se sua profissão estiver na lista, basta começar a procurar vagas nos sites de emprego do referido país, que se encaixem no seu perfil. Ao encontrar, envia-se o currículo e passando para a próxima etapa, podem topar até entrevista online (é indispensável ter fluência no idioma do país desejado). Entrevista concluída, so aguardar a resposta e quem sabe seja a hora de arrumar as malas e dar adeus ao Brasil. Massa, não é? Aqui na Nova Zelândia conheci muita gente que conseguiu cidadania dessa forma.

Encontrando a maneira de sair, começa o próximo passo: a grana, bufunfa, money. Essa mudança também requer um planejamento financeiro, por exemplo, quitar todos os débitos que tem no Brasil, afinal, não dá para ficar se preocupando com algo que tem que pagar onde você nem mora mais, não é? Também é importante não se esquecer da poupança, pois, para sair do país é preciso reservar o dinheiro da passagem; do aluguel e da comida por uns meses até se estabilizar.

Quanto tempo vai demorar esse processo, Milane? Bom, é complicado dizer, mas tudo depende das variantes, se irá sozinho, com a família, com o parceiro (a), se sua profissão está na lista de algum país, se tem fluência em outro idioma, enfim…

Eu desenhei o meu próprio projeto de imigração, mas existem infinitas agências que cobram caro (mas vale a pena se você for leigo no assunto), para te dar assessoria de imigração em diversos países. Lembrando que essas dicas são para quem tem profissões na lista de escassez, existem outras maneiras de imigrar, mas falaremos disso em outro artigo.

Lembrando que trabalhar ilegalmente é crime, então, a ideia é que você encontre uma maneira de trabalhar legalmente, e que isso te possibilite ao longo do tempo, aplicar para residência e logo depois para a cidadania. Fico aqui sonhando com o momento de receber minha cidadania, a segunda, na verdade, porque minha casa e o meu coração sempre será do Brasil, que tem seus problemas, mas cá entre nós, sempre será o meu home sweet home.

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