O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, adiou o seu depoimento que estava marcado para a próxima quarta-feira 26 na Câmara dos Deputados, em reunião conjunta de várias comissões, com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre os diálogos entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, vazados pelo site The Intercept Brasil.

A iniciativa havia partido do próximo Moro em meio às suspeitas de que as conversas colocavam em dúvida sua imparcialidade na condução de processos da operação – entre eles o que levou à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na semana passada, ele foi à Comissão de Constituição e Justiça do Senado falar sobre o assunto e ficou quase 9 horas respondendo a perguntas dos parlamentares – chegou a dizer que deixaria o cargo se alguma irregularidade fosse comprovada.

O motivo do adiamento seria o fato de o ministro ter viajado aos Estados Unidos no sábado, 22 – de lá, ele só deve retornar ao Brasil na quarta-feira, mesmo dia do depoimento na Câmara, que estava marcado para as 10h. Ele visitará órgãos de segurança e inteligência dos americanos com o intuito de fortalecer operações integradas com o Brasil. De acordo com a vice-presidente da CCJ, Bia Kicis (PSL-DF), a audiência com Moro deve ser remarcada para o dia 2 ou 3 de julho.

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, usou o Twitter para lembrar a Moro que havia uma convocação, que foi transformada em convite e que agora poderá se tornar outra vez uma convocação. “Fugiu?! O que teme Moro? A convocação foi transformada em convite e ele tinha marcado sua ida. Agora voltará a ser convocação. Moro tem muitas explicações a dar ao Brasil”, escreveu.

Na mesma linha foi o deputado Rogério Correia (PT-MG). “Três comissões da Câmara Federal abriram mão de convocação e transformaram em conite após o próprio ministro Moro garantir a ida dia 26. Ele agiu de má-fé e amanhã já entro com requerimento de convocação na Comissão de Trabalho e Administração Pública”, disse. Informações da Veja.

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