Morreu, nesta quinta-feira (31), o bebê de 6 meses que foi atingido por uma bomba de gás lançada por policiais militares, no bairro de São Marcos, em Salvador. De acordo com o G1, a informação foi passada ao pela mãe da criança, Jéssica Maciel.

A menina Agatha Sophia estava internada em estado grave, no Hospital Geral do Estado (HGE), desde o domingo (27), quando o caso ocorreu. Conforme a mãe, o óbito foi informado ao familiares no final da manhã desta quinta. O enterro da criança será realizado na sexta-feira (1]), às 14h, no cemitério Quinta dos Lázaros, na capital.

A Polícia Militar informou que os agentes envolvidos no caso foram afastados das atividades, pois ficaram muito abalados com o ocorrido. Eles foram apresentados ao Departamento de Promoção Social (DPS), onde recebem acompanhamento psicológico.

Caso
A situação ocorreu durante uma festa de aniversário que era realizada em uma rua do bairro. Conforme os familiares, Ágatha foi atingida na cabeça por uma bomba de gás, quando policiais da 50ª CIPM chegaram no local para encerrar o evento.

A equipe teria utilizado bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispersar a multidão. De acordo com Jessica Maciel, mãe da menina, os estilhaços de uma das bombas atingiram a cabeça da criança, que estava no colo dela, no momento da confusão.

Em nota, a assessoria da Polícia Militar afirmou que foi informada, na segunda-feira (28), sobre um bebê de seis meses que ficou ferido durante a dispersão de uma competição de som conhecida por “paredão” e foi socorrido para o HGE.

No mesmo dia, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para que as circunstâncias que levaram ao ferimento do bebê sejam apuradas e todos os envolvidos sejam ouvidos, informou a corporação.

Ainda de acordo com o G1, o órgão informou que a 50ª CIPM recebeu a informação por telefone que havia um “paredão” com o uso de dois veículos, além de uso de bebidas alcoólicas e consumo de drogas, impedindo a chegada e saída dos moradores da região.

A Polícia Militar informou que os policiais militares envolvidos na ocorrência relataram que quando eles chegaram ao local, uma multidão cercou as guarnições e que não havia outra alternativa para salvaguardar a integridade física deles se não houvesse o uso dos agentes químicos. A multidão então dispersou e foram identificados os veículos utilizados no evento.

Conforme a PM, após quase uma hora, os donos dos carros usados na festa “paredão” se apresentaram e os veículos foram conduzidos até a sede da CIPM, onde foi feita a extração dos Autos de Infração de Trânsito (AITS) e os proprietários foram liberados.

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