O sarampo já provocou a morte de mais de 207 mil pessoas no mundo, somente no ano de 2019. Esses dados foram disponibilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que atuou em conjunto com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos; eles apontam um crescimento de 50%, em quatro anos, de uma doença já conhecida e que pode ser evitada com vacina.

Segundo o levantamento, os casos de sarampo no ano passado também foram o maior relatado em 23 anos (869.770), com aumento em todas as regiões.

A baixa cobertura vacinal na aplicação das duas doses da imunização contra a doença é tida como o principal motivo para o aumento de casos e mortes em decorrência da doença, em todo o mundo.

Em entrevista sobre o tema, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que os dados mostram que os países e as entidades de saúde não estão conseguindo proteger as crianças do sarampo em todas as regiões.

“Devemos trabalhar coletivamente para apoiar os países e envolver as comunidades para alcançar todos, em todos os lugares, com a vacina contra o sarampo e deter esse vírus mortal”, salientou Tedros.

Ainda de acordo com a OMS, a vacina é a principal medida de prevenção e controle do sarampo. Cabe ressaltar que no Brasil ela é gratuita e está em curso até o dia 30 de novembro, por meio de uma campanha nacional para aplicar doses de reforço em adultos de 20 a 49 anos de idade.

Muitos países adiaram campanhas em 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Neste mês de novembro, mais de 94 milhões de pessoas correm risco de não serem vacinadas em 26 países, alerta o levantamento da OMS.

“Antes que houvesse uma crise de coronavírus, o mundo estava lutando contra uma crise de sarampo, e ela não foi embora. Não devemos permitir que nossa luta contra uma doença mortal aconteça às custas de nossa luta contra outra”, pontuou a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore.

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