O Ministério Público Federal denunciou três pessoas pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira, 41, e do jornalista britânico Dom Phillips, 57, nas imediações da terra indígena Vale do Javari, no Amazonas.

De acordo com a Procuradoria, responderam criminalmente por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver Amarildo Oliveira (conhecido como Pelado), Oseney de Oliveira (o Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (o Pelado da Dinha).

Segundo o MPF, Amarildo e Jefferson confessaram os crimes. A participação de Oseney, por sua vez, foi comprovada por depoimentos de testemunhas.

O órgão afirma ainda que já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal no território indígena.

Em nota, a Procuradoria também afirma que o que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF [Ministério Público] como motivo fútil e pode agravar a pena.

Bruno e Dom foram assassinados no começo da manhã de 5 de junho. Os corpos só foram encontrados dez dias depois, em uma das margens do rio Itaquaí, nas proximidades da comunidade onde moravam dois dos três denunciados.

Segundo o Ministério Público, a denúncia foi recebida pela Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), o que torna os três envolvidos em réus.

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