A mulher que está entre os presos na Operação Lama Preta, deflagrada na quinta-feira, 19, contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), já havia sido detida outras quatro vezes em 2018, segundo informações divulgadas pela Polícia Federal (PF).

A suspeita que é cigana foi surpreendida pelos policiais, enquanto dormia com o marido, no início da manhã de ontem, no bairro Buri Satuba, em Camaçari. O homem também foi preso. Os nomes dos dois, assim como as identidades dos outros envolvidos, não foram divulgados.

Segundo a PF, além do casal, outras sete pessoas foram detidas nesta quinta. Entre eles um empresário de Vilas do Atlântico, área de classe média alta em Lauro de Freitas. Ele era responsável pela falsificação e produção dos documentos usados na fraude.

Idosos e deficientes físicos que colocavam o esquema em prática também foram detidos. Outros três suspeitos seguem foragidos. Todos estão com mandados de prisão preventiva.

Conforme a PF, o grupo era investigado há 3 anos e a suspeita é de que mais de 100 benefícios tenham sido falsificados. O prejuízo aos cofres públicos passam dos R$ 4 milhões.

Os idosos e deficientes eram usados como “dublês” pelo grupo. Eles usavam nomes, fotos e documentos falsos e se apresentavam nas agências do INSS para obter benefícios da instituição. Pela participação no esquema, eles levavam uma parte do dinheiro.

Além da fraude em benefícios, conforme a PF, os envolvidos também usavam os documentos falsos para fraudar compras em lojas e financiamento de carros.

urante a operação, que também cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal apreendeu fotos 3×4, cartões de crédito e documentos falsos usados pelo grupo. A corporação destacou que não foram identificadas participações de funcionários do INSS no esquema.

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