Indiferentes aos estigmas que insistem em tentar restringir os espaços a serem ocupados por pessoas do gênero feminino na sociedade, algumas mulheres não se deixam abalar pela opinião alheia e mantêm o foco em seus objetivos. Por tal resiliência e força de vontade, elas alcançam posições de destaque e inspiram outras mulheres a enfrentar preconceitos e batalhar pela realização de seus sonhos. A delegada Maria Tereza Santos, titular da 4ª Delegacia de Homicídios da Região Metropolitana de Salvador, localizada em Camaçari, se encaixa nesse perfil e por isso consta na série de histórias inspiradoras apresentadas pelo Bahia no Ar na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Filha de advogados, Maria Tereza graduou-se em Letras no Rio de Janeiro e, posteriormente, cursou Direito. Advogou por algum tempo, mas decidiu prestar concurso para delegada de polícia e passou. Atua em Camaçari, frente à Delegacia de Homicídios, desde 2012, dez anos depois de iniciar na nova carreira. A delegada Maria Tereza conta que a função exige postura firme e, em alguns momentos, a delicadeza e vaidade que geralmente acompanham a figura da mulher precisam ser deixadas de lado.

“Não é uma caminhada fácil pra nenhum delegado, principalmente para uma mulher, que muitas vezes tem que abrir mão da vaidade pra ir a um local de um crime e, se necessário for, até descalça ficar, pisar na lama, para adquirir provas da autoria do delito”, relata.

Maria Tereza ressalta que nenhuma mulher deve ver no próprio gênero um impedimento para alcançar um objetivo, independente do quanto ousado ou desafiador ele seja. “Nós não podemos abrir mão daquilo que queremos, independente de ser mulher, negra, ou até mesmo de ter ou não uma família que dê todo um amparo físico, moral e intelectual. Meu conselho para as mulheres é que nunca desistam de seus ideais. Sempre vão existir percalços na vida de qualquer ser humano. Nada é fácil. Mas trabalhe, e, principalmente, estude, porque o mais importante de tudo isso não é ser mulher, é ter a capacidade de ser mulher!”, orientou.

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