Nesta semana, Eduardo Cunha aparece em local público e é hostilizado, por uma senhora, que ao notar a presença do ex-deputado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, foi atrás dele e o acertou com um chinelo. A agressão foi filmada e fez sucesso na internet.

Nesta quinta-feira, o EXTRA a localizou no aeroporto. Sem querer se identificar, pediu para ser chamada de Tereza Batista Cansada de Guerra. Ela conta que não imaginava que ficaria “famosa” na internet, e queria apenas expressar indignação.

“Escutei pessoas gritando “ladrão, ladrão” e pensei que fosse um assalto. Fui ver o que era e dei de cara com coisa pior, o maledeto” , disse.

O xingamento em italiano não é por acaso. Tereza afirma ter nascido na Calábria e vindo para o Brasil aos 12 anos. Hoje, aos 56, se apresenta como professora de História aposentada pelo estado. Também graduada em Antropologia, diz não entender como o povo aceita figuras como Cunha.

“Enquanto eles roubam milhões, faltam saúde, educação e respeito. É muita indolência. Tudo é na base do deixa para lá. Mas eu sou carcamana e não aceito. O sangue é quente “, afirma.

Moradora de Vassouras, no Sul do estado, está no Rio por questões familiares. Fica de dia no Inca, onde a filha está internada. Ela diz não ter como pagar hotel e, por isso, passa as noites no aeroporto.

Sem chinelos nas mãos, Tereza atira para todos os lados. Reclama da gestão estadual e do Sistema Único de Saúde (SUS). Vítima de uma doença autoimune, diz gastar toda a aposentadoria com medicamentos.

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