Mulher vítima de estupro por um policial civil do 10° Distrito (DP) de Campinas, em São Paulo, deu entrevista pela primeira vez falando sobre o crime. O abuso teria ocorrido durante uma visita do policial à mulher, que foi presa no dia 8 de março por estelionato. Ela foi inicialmente detida no 10° DP e posteriormente transferida para a cadeia de Paulínia, onde aguardava uma audiência.

Após as primeiras investigações, a Justiça emitiu um mandado de prisão temporária contra o policial, que ficará detido no presídio da Polícia Civil na capital paulista. No entanto, ele foi solto após habeas corpus no dia 5 de julho

Em entrevista ao g1, a vítima contou que vive uma rotina de medo, apreensão e superação depois da violência sofrida. “Ele acabou com a minha vida. Eu não tenho mais esperança que nem eu tinha, não tenho mais sorriso. Tudo que eu vou fazer, se eu vou comer, eu lembro do que aconteceu. Eu não consigo dormir mais, hoje eu tomo seis tipos de remédios por dia, porque se eu não tomar eu não consigo viver”, desabafa.

“Todo o tempo ele estava me enforcando na grade. Ele estava com uma arma na cintura e falava que estava armado, encostava a arma o tempo inteiro em mim. Ele ficava falando no meu ouvido ‘eu vim de lá até aqui para te ver’. Era meu aniversário e ele ficou cantando parabéns no meu ouvido”, relembra.

Ao g1, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que o processo tramita em segredo de Justiça e não tem acesso aos autos, disponíveis apenas às partes e seus advogados. A defesa do policial civil não foi localizada.

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