De acordo com a titular da Delegacia da Defesa da Mulher de São Paulo (1ªDDM), Maria Valéria Pereira Novaes de Paula Santos, a Polícia Civil de São Paulo pretende ouvir ainda esta semana três mulheres que acusam o arquiteto e ex-BBB, Felipe Prior, de suposto estupro e suposta tentativa de estupro. O inquérito que trata do caso, segundo a delegada, foi aberto na última sexta-feira (3), após uma solicitação do Ministério Publico.

“O MP encaminhou toda a documentação do caso aqui para a 1ª DDM e nós ouviremos as vítimas, as testemunhas e o suposto autor. Nós estamos tratando um caso de sigilo, e por isso é muito importante preservar a identidade das mulheres”, pontuou. Ainda conforme destacou Maria Valéria, ela projeta agilizar o caso para que o próprio MP e a Justiça tomem posições. “O nosso trabalho como polícia judiciária é ouvir as partes, levantar as provas e pronto. Não posso fazer um juízo de valor sobre esse caso, porque ele ainda vai para apreciação de um membro do Ministério Público que decidirá se fará ou não a denúncia”, acrescentou.

O intuito da Polícia Civil, segundo a delegada, é que as vítimas sejam ouvidas primeiro e Prior por último.

“Acredito que essa semana já tenhamos a oitiva das vítimas e das testemunhas. Depois, a gente chama o rapaz para prestar depoimento “, revelou.

A delegada taambém aproveitou para comentar sobre a súmula do Supremo Tribunal Federal, que recentemente ampliou o tempo de comunicação do crime de estupro.

“Antigamente, as pessoas tinham seis meses para entrar com a ação privada no caso de estupro. Mudou a lei. E, agora, é diferente. Baseada nesta súmula, agora em casos de violência são 16 anos para prescrever o crime. E neste caso a advogada das vítimas informou que houve violência real”, contou.

Sobre as acusações

Na sexta-feira (3) a revista “Marie Claire publicou uma reportagem sobre acusações de crimes sexuais de três mulheres contra o arquiteto e ex-BBB, Felipe Prior, que participou desta edição do Big Brother Brasil.

De acordo com a publicação, o Ministério Público de São Paulo pediu à polícia a instauração de um inquérito para apurar a denúncia contra Prior. Em uma notícia-crime enviada à Justiça, três mulheres acusam o ex-BBB de estupro e tentativa de estupro.

Em outra reportagem , exibida pelo Jornal Nacional, parte do documento elaborado pelas advogadas das mulheres e que foi entregue à Justiça, é pontuado.

As advogadas relatam três supostos crimes: um estupro, em 9 de agosto de 2014, que, segundo a acusação, resultou em lesões graves à vítima; uma tentativa de estupro que teria acontecido em setembro de 2016, no Interfau, os jogos universitários das faculdades de arquitetura de São Paulo; e um outro estupro que, segundo a acusação, ocorreu dois anos depois em outro Interfau.

Defesa

Pelas redes sociais, Prior negou as acusações, agradeceu o carinho dos fãz e disse estar com a “consciência muito tranquila”.

Ele publicou um vídeo no sábado (4), em sua conta pessoal do Instagram. A legenda da postagem é assinada pelos advogadas Dra. Carolina Tieppo Pugliese Ribeiro, Dr. Rafael Tieppo Pugliese Ribeiro, e Dra. Celly F. de Mesquita Prior.

“Felipe Prior, por sua assessoria, informa que não tomou conhecimento do teor de acusações de crimes que jamais cometeu, e que
jamais cometeria. Por enquanto, Felipe Prior repudia, veementemente, as levianas informações espalhadas sobre supostos fatos que teriam ocorrido há anos, mas somente agora, depois de ter adquirido visibilidade pública, são manobrados. Felipe Prior estará à disposição das autoridades para qualquer tipo de questionamento, e adotará todas as medidas necessárias contra os que investem contra a sua civilidade”, diz a legenda.

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