Seis mulheres foram resgatadas de um falso centro terapêutico dedicado a cuidar de dependentes químicos, após denúncias de violência sexual e maus tratos. O caso aconteceu na cidade de Planalto, localizado na região de Vitória da Conquista, sudoeste baiano.

O espaço era de responsabilidade de uma igreja evangélica, que cobrava entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês aos familiares das pacientes para que elas fossem acolhidas e atendidas. No entanto, órgãos municipais, juntamente com a Polícia Militar, decidiram apurar o caso e verificaram que o centro, na verdade, era um local de cometimento de crimes contra estas pessoas em situação vulnerável.

A equipe que fez a vistoria encontrou diversos remédios, como tarja preta e estimulantes sexuais, sem receita médica. Além disso, comprovaram que nenhuma das internas estava cadastrada no Sistema Único de Saúde (SUS), levantando suspeitas sobre como era adquiridos estes medicamentos.

Durante a investigação, ouve-se o entendimento de que as mulheres atendidas pelo centro eram agredidas verbalmente, fisicamente e sexualmente. O casal de pastores responsável pelo local também detinham o cartão do benefício social daquelas que tinham este direito, para sacar e usufruir do valor.

Entre as vítimas, duas de Vitória da Conquista, uma de Nova Canaã, outra de Jequié e duas eram de Mata Verde (MG). O acolhimento delas aconteceu através do Centro de Referência de Assistência Social (Creas) da cidade e, logo em seguida, foram entregues às suas famílias.

No momento da operação somente a pastora foi localizada, sendo levada à delegacia, ouvida e liberada. Até agora o marido dela não foi encontrado. A Polícia Civil, através da Delegacia Territorial (DT) de Planalto, continua a apurar o caso e busca entender maiores circunstâncias que envolvem a atuação do falso centro terapêutico.

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