Cerca de 6 mil pessoas estiveram no estádio exigindo a saída do presidente Marcelo Guimarães Filho, contra 1.706 pagantes na eliminação de quarta, mais um vexame da Era MGF.

Adversários políticos, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), uniram-se na campanha. Ambos apareceram nos telões pedindo mudanças no Bahia. Wagner foi ainda mais incisivo e cobrou o fim da "família Guimarães" no poder.

Senadores, deputados, vereadores, artistas locais, ex-jogadores do time e a primeira-dama do Estado também participaram do evento, que teve entrada gratuita e foi convocado na véspera.

Nomes como Bobô e Paulo Rodrigues, craques do bi-brasileiro de 88, chegaram a subir no palco, a exemplo do cantor Ricardo Chaves.

A cessão da arena pelas construtoras OAS e Odebrecht, donas do espaço, sugere que as empresas se juntaram ao coro de insatisfeitos com a gestão de Guimarães Filho. Na partida de quarta (15), houve prejuízo de R$ 41,3 mil para as empresas.

Além disso, o Tribunal de Justiça da Bahia está prestes a julgar um processo de intervenção no clube, baseado na ação de um associado. Não bastasse, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi criada nesta semana para investigar o dirigente na Assembleia Legislativa.

O principal organizador do protesto desta sexta foi o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Wagner e do PT baiano.

O pai de Marcelo Guimarães controlou o clube entre 1997 e 2005, ano em que o Bahia caiu para a terceira divisão do futebol brasileiro. Agora, entrará no próximo Nacional com o retrospecto de eliminado na primeira fase da Copa do Nordeste, em fevereiro; desclassificado da Copa do Brasil pelo Luverdense-MT, há dois dias; e humilhado pelo rival Vitória na decisão do Estadual, no último domingo.

O time levou 7 a 3 na mesma Fonte Nova. Desde então, o técnico Joel Santana foi demitido, o gestor de futebol Paulo Angioni entregou o cargo, 14 atletas acabaram dispensados e outros três diretores também saíram.