Após decidir, junto a outros 11 gestores da Região Metropolitana de Salvador (RMS), que ainda não é momento de estabelecer uma data para retorno das aulas presenciais, a prefeita de Lauro de Freitas afirmou que o cenário atual não possibilita uma retomada segura das atividades. “Não há condição de começar a marcar data para essas aulas sem que a gente tenha, pelo menos, vacinado os trabalhadores da educação”, destacou, nesta segunda-feira (26).

Moema Gramacho (PT) revelou à TV Bahia que membros dos consórcios Metro Recôncavo Norte e Baía de Todos-os-Santos se reuniram na última semana, quando foram apresentadas as situações da Covid-19 nas cidades e ficou acordado que ainda não haveria uma data estabelecida, diferente da capital liderada por Bruno Reis (DEM), onde as aulas semipresenciais começam na semana que vem.

Partilham da decisão de Lauro de Freitas as cidades de Camaçari, Simões Filho, Mata de São João, Dias D’Ávila, Conde, Candeias, Madre de Deus, São Sebastião do Passé, São Francisco do Conde, Santo Amaro e Saubara.

“No mês de março, nós (cidades dos consórcios) tivemos cerca de 3.200 mortes. Isso significa que foi um ponto fora da curva, porque vinha numa média de 1.500 mortes, que já é demais. Estamos em abril e continuamos ainda com muitos casos acontecendo, nós temos muitos casos ativos em vários municípios, não conseguimos atingir ainda a taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo de 75%”, Moema afirmou.

A prefeita disse estar preocupada com as novas variantes da Covid-19, justamente por não se saber muito acerca dos efeitos que causam nos jovens e crianças, e pediu compreensão por parte dos donos de colégios particulares. “Não podemos colocar em risco a vida das nossas crianças e dos nossos jovens, mesmo entendendo a importância do ensino presencial”, destacou.

Segundo Moema Gramacho, representantes dos trabalhadores estão sendo ouvidos e mais uma reunião será feita pelos gestores municipais nesta semana, a fim de discutir os termos da retomada da educação, havendo a participação do Ministério Público do Trabalho, conselheiros e sindicatos, além de representantes do governo do estado. A prefeita conta que sindicatos só querem retomar o trabalho na área da educação após a aplicação da segunda dose da vacina, reivindicação que, caso atendida, estenderá o período de espera até a volta às aulas presenciais.

A prefeita de Lauro de Freitas informou ainda que, em maio, serão distribuídos tablets para professores e alunos, possibilitando que acompanhem as atividades remotas, e assim seguirá a educação municipal até que soluções sejam encontradas para a situação epidemiológica atual.

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