Nesta segunda-feira (10), após repercussão negativa no Congresso, o ministro da Economia Paulo Guedes, decidiu pedir desculpas por um trecho de seu discurso feito na última sexta-feira (7); ele comparou os servidores públicos a parasitas.

“Eu me expressei muito mal, e peço desculpas não só a meus queridos familiares e amigos, mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem descuidadamente eu possa ter ofendido”, pontuou Guedes em mensagem enviada, através do Whatsapp, à amigos e jornalistas.

Segundo o ministro sua declaração foi tirada do contexto. “Eu não falava de pessoas, e sim do risco de termos um Estado parasitário. Aparelhado politicamente. Financeiramente inviável. O erro é sistêmico, e não é culpa das pessoas que cumprem os seus deveres profissionais, como é o caso da enorme maioria dos servidores públicos”.

Na sexta-feira, durante uma palestra na Fundação Getúlio Vargas do Rio, Paulo Guedes disse: “O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação. Tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo, e o cara virou um parasita. O dinheiro não chega ao povo, e ele quer aumento automático”.

Para deputados e senadores, a frase do ministro da Economia pode prejudicar o trâmite das mudanças que o governo federal pretende implementar em breve.

Para o governo, a ideia é que as mudanças mais polêmicas, como o fim da estabilidade e a reforma nas carreiras dos servidores, sejam adotadas apenas para quem vai entrar no sistema. Porém, alguns pontos devem valer para os servidores atuais, a exemplo do fim das aposentadorias compulsórias para quem respondeu processo administrativo.

 

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