Por decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, o 2 de abril foi instituído como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos,  existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. No Brasil, até o momento, não existem números oficiais.

Em entrevista à Revista Autismo, em março do ano passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disse que “planeja investigar o tema futuramente em uma pesquisa específica de saúde, mas ainda não há previsão. Por razões técnicas, o censo demográfico não vai pesquisar pessoas nessa condição”.

Ainda segundo a Revista Autismo, o único trabalho brasileiro neste sentido, foi um estudo-piloto, em 2011, no interior de São Paulo, na cidade de Atibaia, onde foi apontado que o país pode ter 1 autista para cada 367 crianças. A pesquisa, que utilizou como base um bairro de apenas 20 mil habitantes daquela cidade, foi coordenado pelo médico Marcos Tomanik Mercadante, psiquiatra da infância e adolescência, referência em autismo no país, falecido naquele mesmo ano.

Autismo como pauta

No mundo das artes, algumas produções audiovisuais como séries, filmes e novelas já abordaram o assunto. Um exemplo, é a série norte-americana ‘Atypical’.

Com produção original da Netflix, a série de comédia dramática foi criada e escrita por Robia Rashid. Na trama, que já está em sua terceira temporada disponibilizada pela plataforma de streaming, conta-se a história de um rapaz de 18 anos, diagnosticado dentro do espectro do autismo. Ele trabalha e estuda, vivendo a efervescência da idade e seu amadurecimento; sendo vista como uma maneira de quebrar alguns tabus que permeiam o tanstorno.

A série, em sua maioria, é avaliada positivamente. No website brasileiro, ‘Adoro Cinema’, ela aparece com média de 4,6: foram, até o momento, 463 notas e cerca de 20 críticas. Entre os comentários positivos, alguns internautas que acompanham a produção, assegurarm que: “é uma série suave”, “série promove novas descobertas sobre o mundo autista e explora de um jeito irreverente a temática”, “série muito leve, muito divertida e ao mesmo tempo impactante”, entre outros.

Autismo

De acordo com informações da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), o autismo (TEA):

  • Tem início na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta;
  • Embora alguns portadores possam viver de forma independente, outros têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida;
  • As intervenções psicossociais baseadas em evidências, como o tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das pessoas com TEA e seus cuidadores;
  • As intervenções para as pessoas com transtorno do espectro autista precisam ser acompanhadas por ações mais amplas, tornando ambientes físicos, sociais e atitudinais mais acessíveis, inclusivos e de apoio;
  • Em todo o mundo, as pessoas com transtorno do espectro autista são frequentemente sujeitas à estigmatização, discriminação e violações de direitos humanos. Globalmente, o acesso aos serviços e apoio para essas pessoas é inadequado.

O que provoca?

A confirmação do transtorno requer um diagnóstico médico e o alcance, bem como a gravidade dos sintomas podem variar amplamente, sendo que os sintomas mais comuns incluem dificuldade de comunicação, dificuldade com interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos.
– No desenvolvimento: pode causar atraso de fala em uma criança ou dificuldade de aprendizagem;
– Na cognição: pode provocar falta de atenção ou intenso interesse em um número limitado de coisas;
– Sintomas psicológicos: pode desencadear depressão;
– Na fala: pode gerar distúrbio ou perda da fala;
– Também é comum: andar constantemente na ponta dos pés, ansiedade, falta de empatia, sensibilidade ao som ou tique
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