Durante a Santa Missa deste domingo (19), que marca o ‘Domingo da Divina Misericórdia’, o Papa Francisco pediu aos fiéis e ao mundo, solidariedade no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “A misericórdia não abandona quem fica para trás”, lembrou.

Essa foi a primeira vez, em mais de um mês, que o pontífice deixou o Vaticano, e, na Igreja do Espírito Santo em Sassia (Roma), alertou para “indiferença egoísta” que alguns estão adotando no combate ao vírus. “Agora, enquanto ansiamos por uma recuperação lenta e árdua da pandemia, existe o perigo de esquecermos aqueles que foram deixados para trás”, pontuou Francisco.

Ainda segundo o religioso, “o risco é que possamos ser atingidos por um vírus ainda pior, o da indiferença egoísta. Um vírus que se espalha pelo pensamento de que a vida é melhor se for melhor para mim e que tudo ficará bem se for bom para mim”, analisou.

“Não pensemos só nos nossos interesses. Aproveitemos esta prova como uma oportunidade para preparar o amanhã de todos. Sem descartar ninguém: de todos. Porque, sem uma visão de conjunto, não haverá futuro para ninguém”, acrescentou.

Ao fim da celebração, quando já estava saindo da Igreja do Espírito Santo, Francisco aproveitou para agradecer o trabalho da imprensa. Em entrevista à agência AFP, ele ressaltou a importância da comunicação nesse momento.

“Obrigado por seu trabalho. Ao invés de ficar na cama no domingo, vocês trabalham. Obrigado. É importante comunicar”, destacou o papa dirigindo-se aos jornalistas que estavam presentes.

O Papa Francisco não saía do Vaticano desde o dia 15 de março, na ocasião ele andou por uma Roma completamente deserta onde rezou em dois templos pelo fim da Covid-19 no mundo. Em função das medidas de quarentena adotadas na Itália e no próprio Vaticano, todas as missas têm sido rezadas sem a presença de fiéis.

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